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21 novembro 2010

Vai em busca do seu?

Cena 1. Casa Café, noivado da amiga. O noivo é colombiano e tem nome composto. Obviamente fala portunhol. Casal fofo, chuva de corações. Fotos. Fotos. Mais fotos.

Cena 2. Constatação: praticamente a única solteira do local.

Cena 3. Despeço-me para ir para a buatchy. Outra amiga, também noiva, comenta minha saída à francesa: "Ah... vai em busca do seu, né?"

Resposta: ... Er... Acho que não. Vou ao The Pub.
Réplica: Marla, você está indo aos lugares errados.
Fade out.
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"Errado" é apenas um ponto de vista. É errado se eu estiver correndo atrás da alma gêmea, metade da laranja, bofe de sucesso. Eu cansei. Desculpe se nenhum homem com menos de 40 anos consegue acompanhar meu raciocínio e se, claro, eu não tenho tesão nenhum em homens com mais de 30. Rola uma incompatibilidade. Das grandes.

Logo, ir à boate pra me divertir e escolher o The Pub? Bem... isso eu chamaria de "certo". Ganhei 3 convites e ninguém - repito, ninguém - quis me acompanhar. O que fiz eu, mulher independente, decidida e alto astral? Dirigi-me sozinha para os rumos da 136. E ó, não me arrependo mesmo.

Encontrei todas as beeeechas amigas. Descobri que nunca mais preciso pagar para entrar lá. As "amegas" sempre pagam a minha bebida. Elas dançam demais!!! E de vez em quando vc pode dar a sorte grande de estar numa roda que tem um professor de dança de salão que te faz lembrar como é bom dançar!! Fim da noite, eu me acabei e paguei... R$ 2 pro flanelinha.

Difícil agora é só convencer a minha mãe de que eu não sou lésbica. Mas eu chego lá. rs

14 novembro 2010

Tenho fome


E essa fome não se sacia com alimentos. Ainda assim a válvula de escape é o preenchimento do estômago. Quando se tem consciência do que se está fazendo, isso se torna mais acusador. É como se a comida me dissesse: "não seja ridícula, o seu vazio está na alma".

"Vazio na alma". Que frase ridícula. Que coisa clichê. Mas exatamente agora - na madrugada de um sábado - tudo que sou é um clichê. Alguém que gosta do que faz, mas que está incompleta. Pobre menina rica. Mais um clichê. E sem o dinheiro, o que é pior.

Eu já tinha cantado essa pedra posts atrás. Voltar para Goiânia não resolveria meus problemas existenciais. Eles ainda me pesam nas costas. Eles me incomodam. E eu tento fingir que eles não estão aqui, mas sempre chega um sábado à noite loser pra eles me cutucarem os ombros. Chaaaaaaaato.

Mais uma vez: eu não me encaixo. Aonde é preciso lapidar para que eu possa caber? Aonde? Nesses momentos eu me lembro que tinha um amigo - ou pensava que fosse - que diria que não é preciso se encaixar. Mas até ele se encaixou num perfeito modelo que ele tanto pregou como se fosse completamente errado.

Quadrado, triângulo, retângulo, círculo. Aonde eu me encaixo?? Se pudesse chutar, eu diria - sem sombra de dúvidas - círculo. Porque, né.. Redondinha! Hay que filosofar, pero perder el humor jamás! Em perfeito sotaque de portunhol.

Hora de fazer um brigadeiro!

30 outubro 2010

Das coisas que eu NÃO gosto


Tudo bem que meu blog é cor-de-rosa, mas nem tudo na minha vida é.
E lendo aqui às vezes parece até que eu vivo em um mundo paralelo, onde tudo dá certo e é perfeito.

Mentira. A minha vida não é assim, não. É bem verdade que eu passo tipo 90% do meu tempo sendo feliz, mas sempre há aqueles 10% que é pra eu me lembrar de dar valor nas coisas boas.

Pois bem. O que eu queria dizer é que eu odeio inveja. Odeio mesmo. Sabe aquela frasezinha "a vida é dura pra quem é mole"? Super lema da minha vida. Meu filho, você quer o que eu conquistei? Então vá à luta, não fica de olho grande no que é meu, não.

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Apaguei agora bem uns 5 parágrafos de explosão mal educada num desabafo. É que eu lembrei que esse blog é público, e qualquer pessoa pode ler. E, provavelmente, muita gente acabaria vestindo a carapuça, por uma razão ou outra. E eu odeio ficar mandando recado, né? Então, deixa pra lá. Esse post entra pra categoria "desabafos quase eloquentes".

23 outubro 2010

O caos da redação

Eu sou uma apaixonada por redação de jornal. Totally addicted. Se antes de trabalhar em uma eu já tinha essa noção, imagine agora que eu vivo isso: tenho certeza absoluta.

Sempre que eu via esses filmes com jornalistas eu ficava vendo aquela bagunça do fechamento de jornal, da loucura das pessoas pra conseguir falar com uma fonte, com o desespero para cumprir o deadline e dizia: eu quero fazer isso um dia. É, eu não sou normal. E não venham me dizer que não sabiam ainda! Eu gosto do caos.

Nesta semana recebi a notícia que eu esperava há 1 ano, 2 meses e 17 dias: estou oficialmente transferida para Goiânia. E, cara, isso não tem preço. Pode não parecer nada, mas só eu - SÓ EU - sei o que passei para estar aqui hoje. E a transferência significa muito mais que só uma transferência. Significa que eu tenho feito as coisas do jeito certo, agindo do jeito certo e fazendo um bom trabalho. Isso é impagável. Minto, é pagável, sim. rsrs Mas por enquanto o reconhecimento tem feito bem para mim e para o meu ego.

E para completar eu trabalho exatamente no horário que eu sempre quis: o fechamento. O caos. Editores enlouquecendo. Editores-chefe arrancando os cabelos. Repórteres sendo mantidos a cigarros e café, muito café. Fotos que somem. O Hermes (programa de diagramação) dando pau. Os telefones tocando sem parar. Chicletes sendo mascados ininterruptamente. Eu queria fazer uma cena de cinema com isso. Seria mais ou menos assim: o caos total, a câmera gira 360° e aparece a minha cara tranquila e sorridente.

Meu editor pode confirmar a cena. Sempre que o caos se instala eu olho pra ele e faço uma piada. Hehehe. Claro que nem sempre ele acha graça. rs. Mas o mais legal é poder ouvir ele contando piada. Tem uma que ele conta sempre e eu NUNCA lembro o final, ou seja, é sempre nova para mim. Aí quando ele termina, pergunta: "já contei essa, né? pq vcs não avisam?". E eu: "porque nunca me lembro do final e ela é engraçada!". Coisas impagáveis da redação de um jornal que vende 120 mil exemplares diários e não tem assinatura.

E meu humor é tão estúpido, tão estúpido, que eu fico rindo das coisas mais bizarras. Escuta essa. 23h, fechamento do caderno Mundo. A editora sai apressada e o sub-editor de Cidades grita:
- O Mundo acabou???!!
- É o fim do Mundo!! - ela retruca.

Ninguém mais ouve essa besteira, mas eu passo o resto da noite rindo! É, eu sou feliz. =D

22 outubro 2010

Simpaticando a baranguez

 Credo! Quase um mês sem postar!
É o tempo. Ou a falta dele. Ou o sono desregulado.

Hora para dormir? Não tenho. Mas se me perguntar quantos quilos eu emagreci em função do remédio que me tira o sono, eu digo de pronto: 4. Além de dormir, também não posso beber aquela cervejinha, o que nesses dias de intenso calor tem sido um sacrifício desumano. Se vale a pena? Vale.

Já ouvi mil conversas me desaconselhando o uso de anorexígenos, mas foda-se: estou sob supervisão médica mensal. E sim, já fiz isso outra vez, há 6 anos. E funcionou por 5 anos. Agora faço de novo. Remédios, dieta, exercícios. Uma intensa jornada.

O que me incomoda é: quanto da minha decisão é em razão da minha saúde (eu tinha colocado o pezinho no "sobrepeso" do IMC) e quanto é estética. Ficar bonita para mim ou em razão de uma sociedade que exige padrões de magreza absoluta?
 
A verdade é que eu nunca fui magra. Nunca na vida. Nem quando criança, nem quando adolescente. Sempre fui cheinha. Às vezes mais, outras menos, mas sempre parecida com a Mônica (baixinha, gorducha e dentuça). De duas, uma: ou eu me acostumei com as minhas curvas ou eu me engano muito bem. O fato é que eu gosto de mim. Com todas as estrias e celulites que tenho direito. Eu gosto de mim.

E é justamente por gostar de mim que eu acho que posso ficar mais gata se voltar a entrar num manequim 38, porque 36 nunca foi um objetivo. Os elogios têm chegado às pampas e, sim, é lógico que eu fico lisonjeada. Que mulher não gosta de se sentir bonita?

Mas o melhor de ter passado por uma fase baranga é que você se torna mais simpática (ou menos metida, intocável). O fato é que eu aprendi com o meu amigo Rainer o seguinte: se você é feia é preciso ser, ao menos, uma menina legal. 





Então... no post de hoje nós aprendemos a: gostar mais de nós mesmas. Não, não. Eu que agradeço.

30 setembro 2010

Como não votar em ninguém


Aviso aos engraçadinhos: Este blog não apoia absolutamente nenhum candidato.

Mas eu sou eleitora, e algumas coisas me incomodam demais. No meu penúltimo encontro entre amigos chegamos à conclusão de que é preciso conversar mais sobre política. Então vamos lá. #façamos

Eu já fiz as minhas escolhas para presidente, deputado estadual, deputado federal e pra um senador (falta o outro). No entanto, para governador tá difícil, difícil...

Isso porque as opções estão - a meu ver - muito aquém do que merece um Estado como Goiás. Hoje mesmo saiu no O Popular uma pequena entrevista com os candidatos. 20 perguntas simples, para serem respondidas naquele esquema ping-pong.

No item "inimigo", o que a dona Marta Jane (PCB) responde? "Os latifundiários e o agronegócio em Goiás". Isso é resposta que se dê? Muito bonitinho pra ser aplaudido pelos esquerdistas, mas se ela é realmente contra o agronegócio ela tem condições de ser governadora de um Estado que vive praticamente do dinheiro arrecadado com a comercialização de grãos e a venda de gado?

Marta Jane em debate da Band
Essa senhora faz ideia da importância do agronegócio para este País? Ou para este Estado? Daí essa senhora entra no governo e faz o quê? Taxa milhões de impostos para desestimular os produtores ruais, eles não produzem e nós temos que importar todo o alimento que consumimos? É isso o que ela acha que é bom para o nosso Estado? Isso para mim só tem um nome: despreparo.

Eu vou citar apenas de leve mais um caso. Primeiramente, ela apelou com a pergunta de uma repórter e, para mim, quem apela com pergunta já é despreparado por natureza. Ainda mais porque a pergunta era muitíssimo pertinente. Em seu programa eleitoral exibido na televisão, a referida senhora insiste em defender uma única proposta: a melhoria do transporte coletivo em Goiânia. Eu também ando de ônibus, sei a merda que é, mas o Estado precisa ainda de outros cuidados.

Pois bem, a pergunta da repórter era justamente essa: se ela não achava que ficar batendo na tecla do transporte coletivo não era uma coisa muito "região metropolitana" (or something like that), quando o Estado era uma coisa muito mais abrangente. Qual foi a resposta? Qualquer coisa do tipo "se eu estiver falando de mais de um município eu já estou na esfera estadual". De novo eu digo: despreparo.

Os demais

Eu tinha uma fééééé no tal Vanderlan Cardoso (PR)... Mas o homem só me prova despreparo também. Vai ver ele só não é bom de oratória, mas ele não me convence. Como é que um homem que só administrou uma cidade-dormitório tem capacidade para governar um Estado com tantas carências como Goiás? Difícil.
Vanderlan, Marconi e Iris

O Washington Fraga (PSOL) é desses muito apaixonados pela CUT. Já deu, né?

E aí restam Iris Rezende (PMDB) e Marconi Perillo (PSDB). Só de pensar nesses dois sujeitos já me dá preguiça, muita preguiça. Tanta preguiça que eu acho que eles nem merecem que eu discurse contra a candidatura deles.

*** Se você é um engraçadinho e chegou até esse ponto do texto, me faça um favor: não faça eu perder meu tempo com seus ataques e chiliques nos comentários. Política pode ser discutida, sim, desde que você respeite as minhas opiniões, assim como eu respeito as suas. Você tem REALMENTE bons argumentos? Então vá em frente.

28 setembro 2010

Vestígios do óbvio


Oi? Como é? Vestígios de que Tiririca não sabe ler ou escrever?

Pelo amor de Deus, gente! Não precisa ser nenhum gênio para perceber uma coisa dessas. Uma coisa é você interpretar uma personagem que é um palhaço de Itapipoca que não sabe ler nem escrever. Outra coisa é você SER um palhaço de Itapipoca que não sabe ler ou escrever.

Mas o fato de ele não saber ler ou escrever não me irrita, nem me assusta. O que me assusta é o palhaço de Itapipoca "perigar" ser o candidato mais bem votado da história das eleições em São Paulo. Isso sim me assusta.

Nessas horas eu bem concordo com uma frase que eu odeio ouvir: cada povo tem o representante que merece. Mas pelo amor de Deus! Eu não mereço um representante desses na Câmara dos Deputados. Ele não vai ali ser um vereador. Não. Ele vai pra Brasília. Votar nos projetos que são de interesse do povo. Quer dizer... ele não, né? Porque como é que alguém vai votar numa coisa que não leu?

Não me venham com essa conversa de voto de protesto. Isso não existe. Voto de protesto por voto de protesto, o macaco Tião já foi eleito no Rio de Janeiro. Pode isso, Arnaldo? A regra é clara: não pode. E a mulher pêra, galera?

E o pior é que pra esses casos não há ficha limpa que resolva. Até quando vamos nessa toada? Até quando?

23 setembro 2010

Quanto tempo tenho?


Coisas que bagunçam a minha cabeça...

Aos 28 anos um dos meus chefes "desistiu" do jornalismo. Afirma não querer mais uma vida que exige dele uma exclusividade de 8 a 10 horas diárias de trabalho estafante. Não quer a vaga do seu próprio chefe. Não se vê mais nessa vida sem feriados ou folgas no fim de semana. Vai casar até março. Quer mais tempo pra se dedicar aos seus negócios - e à sua mulher. É empresário e indica o mesmo para os colegas da redação.

O que me faz pensar...

Eu, com 24 anos, vou gostar dessa vida que ele desistiu por quanto tempo? Mais quatro anos? Será que um dia essa coisa de ir pra redação aos domingos e feriados vai perder a graça? Será que lidar com os anseios da população no cotidiano vai simplesmente me aborrecer? Qual é o meu prazo de validade de jornalista feliz? Será que eu só gosto disso porque não tenho outra atividade nem outra coisa melhor pra fazer? Tipo... um namorado é uma coisa quase impensável na minha vida. Não tenho tempo. Por quanto tempo a minha vida social atribuladíssima da madrugada vai continuar me divertindo?

Como sempre, muitas perguntas e quase nenhuma resposta.

18 setembro 2010

Too cute...


O que aconteceu com os rockeiros-cabeludos-barbudos-E-heteros dessa cidade??

Um show, vá lá... Mas num festival não há explicações para ver tanto-tanto-tanto veado junto. Não dá.

Não quero aqui desprestigiar ninguém em razão de sua sexualidade. Não mesmo. Longe de mim. Acho lindo a coisa da diversidade, de ter gay na Malhação e de agora não ser mais necessário entrar na faculdade para sair do armário. Acho mara. Mas...

Eu queria entender quando foi que tanta gente saiu do armário ao mesmo tempo. O que foi que aconteceu com essa cidade no último ano em que não estive aqui??

Tô começando a achar que eu vou ter que passar a ouvir sertanejo. Será que os cowboys também são todos enveadados? Sei lá, né? Brokeback mountain e tal... pans! Ok, ok. Um voto de confiança. A próxima saída vai ser no Samauma. Confere?

16 setembro 2010

Quase um mês depois...


Pareço de volta, mas ainda não estou. Com força total, pelo menos. (Sempre digo isso, mas sou sempre relativamente relapsa às postagens no blog)

Em um mês muita coisa acontece. A mais importante de todas é que finalmente voltei pra Goiânia e agora não pertenço mais a Jataí, embora continue escrevendo sobre a região para o jornal. Consegui uma transferência para o jornal popular da empresa, onde estou me divertindo muito. E aprendendo, é claro. Perfis diferentes, notícias iguais, editores diferentes, redação igual. É possível fazer uma lista das coisas que se parecem muito e das coisas que não se parecem em nada. Mas isso fica pra outro post.

A razão de eu não voltar com força total é que estou com internet há menos de uma semana e ainda não consegui me atualizar de todas as coisas que perdi até então (na internet, é claro). Uma pessoa normal teria marcado "como lido" todos os post do Google Reader e teria seguido em frente. Mas eu não. Eu realmente estou lendo tudo o que foi publicado neste último mês e é óbvio que se seguindo diariamente já era meio impossível, vcs imaginem agora...

Mas sei lá, não consigo seguir em frente se eu não entender o que andou acontecendo em minha ausência. Deve ser por isso que eu nunca tiro férias com mais de 15 dias. Nunca.

Pra finalizar, a primeira coisa mais tosca que me aconteceu desde que comecei na nova função.
Toca o telefone.
Atendo: Daqui, boa noite.
Fulano: Da onde?
Eu: Daqui.
Fulano: Daqui da onde???!!! (obviamente grilado)
Eu: Jornal Daqui.
Fulano: Ah... foi engano.
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