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30 outubro 2010

Das coisas que eu NÃO gosto


Tudo bem que meu blog é cor-de-rosa, mas nem tudo na minha vida é.
E lendo aqui às vezes parece até que eu vivo em um mundo paralelo, onde tudo dá certo e é perfeito.

Mentira. A minha vida não é assim, não. É bem verdade que eu passo tipo 90% do meu tempo sendo feliz, mas sempre há aqueles 10% que é pra eu me lembrar de dar valor nas coisas boas.

Pois bem. O que eu queria dizer é que eu odeio inveja. Odeio mesmo. Sabe aquela frasezinha "a vida é dura pra quem é mole"? Super lema da minha vida. Meu filho, você quer o que eu conquistei? Então vá à luta, não fica de olho grande no que é meu, não.

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Apaguei agora bem uns 5 parágrafos de explosão mal educada num desabafo. É que eu lembrei que esse blog é público, e qualquer pessoa pode ler. E, provavelmente, muita gente acabaria vestindo a carapuça, por uma razão ou outra. E eu odeio ficar mandando recado, né? Então, deixa pra lá. Esse post entra pra categoria "desabafos quase eloquentes".

23 outubro 2010

O caos da redação

Eu sou uma apaixonada por redação de jornal. Totally addicted. Se antes de trabalhar em uma eu já tinha essa noção, imagine agora que eu vivo isso: tenho certeza absoluta.

Sempre que eu via esses filmes com jornalistas eu ficava vendo aquela bagunça do fechamento de jornal, da loucura das pessoas pra conseguir falar com uma fonte, com o desespero para cumprir o deadline e dizia: eu quero fazer isso um dia. É, eu não sou normal. E não venham me dizer que não sabiam ainda! Eu gosto do caos.

Nesta semana recebi a notícia que eu esperava há 1 ano, 2 meses e 17 dias: estou oficialmente transferida para Goiânia. E, cara, isso não tem preço. Pode não parecer nada, mas só eu - SÓ EU - sei o que passei para estar aqui hoje. E a transferência significa muito mais que só uma transferência. Significa que eu tenho feito as coisas do jeito certo, agindo do jeito certo e fazendo um bom trabalho. Isso é impagável. Minto, é pagável, sim. rsrs Mas por enquanto o reconhecimento tem feito bem para mim e para o meu ego.

E para completar eu trabalho exatamente no horário que eu sempre quis: o fechamento. O caos. Editores enlouquecendo. Editores-chefe arrancando os cabelos. Repórteres sendo mantidos a cigarros e café, muito café. Fotos que somem. O Hermes (programa de diagramação) dando pau. Os telefones tocando sem parar. Chicletes sendo mascados ininterruptamente. Eu queria fazer uma cena de cinema com isso. Seria mais ou menos assim: o caos total, a câmera gira 360° e aparece a minha cara tranquila e sorridente.

Meu editor pode confirmar a cena. Sempre que o caos se instala eu olho pra ele e faço uma piada. Hehehe. Claro que nem sempre ele acha graça. rs. Mas o mais legal é poder ouvir ele contando piada. Tem uma que ele conta sempre e eu NUNCA lembro o final, ou seja, é sempre nova para mim. Aí quando ele termina, pergunta: "já contei essa, né? pq vcs não avisam?". E eu: "porque nunca me lembro do final e ela é engraçada!". Coisas impagáveis da redação de um jornal que vende 120 mil exemplares diários e não tem assinatura.

E meu humor é tão estúpido, tão estúpido, que eu fico rindo das coisas mais bizarras. Escuta essa. 23h, fechamento do caderno Mundo. A editora sai apressada e o sub-editor de Cidades grita:
- O Mundo acabou???!!
- É o fim do Mundo!! - ela retruca.

Ninguém mais ouve essa besteira, mas eu passo o resto da noite rindo! É, eu sou feliz. =D

22 outubro 2010

Simpaticando a baranguez

 Credo! Quase um mês sem postar!
É o tempo. Ou a falta dele. Ou o sono desregulado.

Hora para dormir? Não tenho. Mas se me perguntar quantos quilos eu emagreci em função do remédio que me tira o sono, eu digo de pronto: 4. Além de dormir, também não posso beber aquela cervejinha, o que nesses dias de intenso calor tem sido um sacrifício desumano. Se vale a pena? Vale.

Já ouvi mil conversas me desaconselhando o uso de anorexígenos, mas foda-se: estou sob supervisão médica mensal. E sim, já fiz isso outra vez, há 6 anos. E funcionou por 5 anos. Agora faço de novo. Remédios, dieta, exercícios. Uma intensa jornada.

O que me incomoda é: quanto da minha decisão é em razão da minha saúde (eu tinha colocado o pezinho no "sobrepeso" do IMC) e quanto é estética. Ficar bonita para mim ou em razão de uma sociedade que exige padrões de magreza absoluta?
 
A verdade é que eu nunca fui magra. Nunca na vida. Nem quando criança, nem quando adolescente. Sempre fui cheinha. Às vezes mais, outras menos, mas sempre parecida com a Mônica (baixinha, gorducha e dentuça). De duas, uma: ou eu me acostumei com as minhas curvas ou eu me engano muito bem. O fato é que eu gosto de mim. Com todas as estrias e celulites que tenho direito. Eu gosto de mim.

E é justamente por gostar de mim que eu acho que posso ficar mais gata se voltar a entrar num manequim 38, porque 36 nunca foi um objetivo. Os elogios têm chegado às pampas e, sim, é lógico que eu fico lisonjeada. Que mulher não gosta de se sentir bonita?

Mas o melhor de ter passado por uma fase baranga é que você se torna mais simpática (ou menos metida, intocável). O fato é que eu aprendi com o meu amigo Rainer o seguinte: se você é feia é preciso ser, ao menos, uma menina legal. 





Então... no post de hoje nós aprendemos a: gostar mais de nós mesmas. Não, não. Eu que agradeço.
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