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06 setembro 2011

Jornalismo canalha


Esse filho da mãe não me liga, não me dá bola, faz que não tá nem aí pra mim, mas eu arrasto um caminhão por causa dele.

Ele é lindo, sexy, charmoso e perigosamente sedutor, mas é um aproveitador e não me dá nem um centavo.

Ele me dá muito tesão - ainda! - mas não posso dizer que ele me satisfaça.

Ele me proporciona viagens bacanas, jantares caros e baladas da moda, mas custa pagar uma conta de luz e de telefone.

Eu vivo reclamando e quero que ele suma da minha vida, desapareça de vez, mas em menos de uma semana eu já estou morrendo de saudade e pedindo desesperadamente para voltar.

Eu quero seguir em frente na minha vida, mas essa paixão arrebatadora sempre me puxa para perto dele, para perto da loucura, para perto do mais absoluto caos. E o pior: eu gosto.

Ele me segura até tarde quando eu estou completamente exausta, mas eu olho pra ele e me sinto necessária, gostosa, absoluta, poderosa, responsável pelo que ele se tornou.

Eu reclamo, reclamo e reclamo, mas no fundo, no fundo, eu só quero que ele me trate bem, esse jornalismo canalha por quem eu sou tão apaixonada.
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