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18 abril 2012

O looping eterno do caso Cachoeira

Demóstenes e Cachoeira: best friends

Nota importante da autora: Se você não faz ideia do que seja o caso Cachoeira, nem deveria estar com esse blog aberto.

Duas considerações jornalísticas sobre o caso.

1º: Jornalista ama a tal da suíte, que no jargão nosso de cada dia dentro da redação quer dizer a sequência de informações publicadas sobre um determinado assunto. Eu não sou a maior fã do esquema. Na verdade, todo assunto que começa a ficar enfadonho demais eu chamo de "a nova cadeirinha". Lembra quando a cadeirinha para crianças e bebês passou a ser obrigatória em carros? Pois é, aquilo ficou num looping eterno, fazendo com que eu tivesse de contar até 100 por alguns dias. Chaaaaato.

Pra mim, é exatamente o que está acontecendo agora com o caso Cachoeira. Looping eterno. Saí de férias, voltei e o assunto continua firmão nas pautas. Entendo que todo dia surge uma coisa nova, um diálogo novo é divulgado, etc. Mas que é chato, ô, isso é. Jornalistões vão me condenar e eu vou rir.

Benedito, condenado por ser irmão do Demo
2º: Como o povo gosta de um malfeito. Tá loko! Primeira coisa que nêgo me pergunta no Ministério Público quando sabe que eu sou jornalista: "Mas e aí, quando é que vocês vão publicar alguma coisa sobre o fato do procurador-geral de Justiça ser irmão do Demóstenes?". Porra, que que uma coisa tem a ver com outra? Na época em que me perguntaram, nada. Agora, está sendo investigada a influência de um sobre o outro. O povo gosta mesmo é de ver o negócio feder.

Como jornalista, a primeira coisa que eu tenho é CAUTELA. Uma vez publicado, amigo, já era. Ninguém vai sair com uma borracha na mão, borrando a informação errada depois. O dano está feito. E que mal o cara fez em nascer da mesma mãe que o outro infeliz? As coisas vão surgindo naturalmente, ao longo das investigações. Não é preciso ficar "cavucando" pra achar o podre do povo. Mas o tal do povo adora ver o circo pegar fogo. E depois reclama que jornal só tem notícia ruim. Se fossem boas venderiam jornal?

09 abril 2012

É que Nayara faz falta demais


Depois de muitos anos, passei pelo aeroporto de Guarulhos na última semana. Entrei naquele mesmo portão de embarque internacional que tanto aparece em Chegadas e Partidas (veja aqui) e me contorci de dor de não ter Nayara ao meu lado.

Desde que comecei a fazer o planejamento para a viagem de Buenos Aires senti mais saudades de Naná. Dos tempos em que sentávamos nos bancos da Facomb - ou no chão mesmo - pensando o que mais gostaríamos de fazer em Coimbra. Ou, quando já em Coimbra, virávamos os mapas e contas bancárias do avesso para fazer os mais variados passeios dentro de Portugal. Não deu certo, mas planejar foi tão delicioso...

Ela, mais do que qualquer outra coisa, me fez MUITA falta nessa viagem. Senti falta do jeito como ela fala "Faz pose aí nessa estátua" ou "Faz outra cara, que ta igual em todas as fotos" ou "Deixa eu ver esse mapa direito" ou "Esse metrô não ta indo pro lugar que a gente quer..." ou "Corre, se não vamos perder o programa tal, que é só até tal hora".


Saudades de dividir minha vida com essa Naná que, apesar da distância, está tão presente em cada pedacinho da minha história. Saudades de visitar ela e o marido (gente, como é estranho dizer isso!) no Rio e falir de tanto tomar yogoberry. Ou de morrer pulando o carnaval em Laranjeiras ou de correr pro hospital quando ela quebra o mesmo pé pela 32984ª vez ou de ver a barriga doer de tanto rir depois de algumas taças de vinho acompanhadas pela taça de coca-cola do Pedro ou de jogar Nintendo Wii até o corpo não aguentar mais.




Das aulas de francês emendadas com as aulas de inglês ou das fugidinhas para o cinema e das broncas por dormir tarde demais (acho que essa fica com o Pedro) ou da comidinha delícia no prato porque estou comendo tudo errado (macarrão com sardinha não pode, já dizia a tia Val) e até de ela brigando porque estou batendo as gavetas que ficam contra a parede do quarto dela.

Que saudades de Nayara.
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