Primeiramente peço desculpas pela ausência. Estive com uma folguinha prolongada e aproveitei para dar um tempo da internet. Confesso que foi difícil, bem difícil. Várias vezes quis ceder à tentação, mas me mantive firme.
Estive pensando nesses últimos dias o quanto a vinda para Jataí me deixou mais... madura. Pessoal e profissionalmente. Até vir pra cá, eu nunca tinha trabalhado numa redação propriamente dita (só na rádio, mas eu era estagiária) e isso faz uma baita diferença para um jornalista.
Lembro-me de ficar chateada quando minhas matérias não saíam ou quando outro jornalista cobria a minha área de atuação. Era... frustrante. Porque eu queria ver meu nome estampado, queria 'aparecer'. Não sei se a palavra certa é essa, mas vou mantê-la.
Hoje eu consigo perceber que o que importa não é quem escreve e sim se estamos prestando um serviço. A notícia foi dada? Ela tem qualidade e relevância? Então ótimo. Isso me deixa feliz. E eu levei qualquer coisa do tipo de uns 3 ou 4 meses para amadurecer essa ideia e consolidar o pensamento.
E fico orgulhosa de mim mesma. Principalmente quando me deparo com profissionais tão despreparados para atuar numa área como o jornalismo. É um mundo de vaidades e é fácil escorregar no objetivo, que é informar a sociedade.
Pisar nas pessoas para tentar se destacar dos demais é um recurso usado com uma certa frequência, mas até então eu ainda não tinha visto isso tão de perto. Estou feliz por não ser comigo e estou feliz por ter orgulho dos meus colegas de redação e das pessoas com quem trabalho. Eu realmente aprendi a respeitar e valorizar o trabalho de cada um. Todo dia eu aprendo um pouquinho com cada um deles. E isso dá uma sensação de paz.
Por outro lado... Vir pra Jataí me envelheceu mais. Estou mais rabujenta com as coisas simples. Estando numa cidade com muuuuuitos universitários, tenho aquela boa e velha preguicinha de encarar os "points". Eu não vejo graça em jovens estúpidos bebendo até cair ouvindo sertanejo. Eu tenho preguiça de ir a um lugar que tooooodo mundo vai. Eu tenho preguiça de não ter opções. Aliás, só me resta uma: "moer" em casa mesmo.
Chamo os amigos, a gente liga o videokê, toma um vinho, pede uma pizza e conta causos até amanhecer. Um amigo me perguntou se eu não vou casar. "Só se o marido aceitar dormir em outro quarto", foi a minha resposta. Ao que ele retrucou: "Marla, você está muito nova pra ser tão velha".
Estive pensando nesses últimos dias o quanto a vinda para Jataí me deixou mais... madura. Pessoal e profissionalmente. Até vir pra cá, eu nunca tinha trabalhado numa redação propriamente dita (só na rádio, mas eu era estagiária) e isso faz uma baita diferença para um jornalista.
Lembro-me de ficar chateada quando minhas matérias não saíam ou quando outro jornalista cobria a minha área de atuação. Era... frustrante. Porque eu queria ver meu nome estampado, queria 'aparecer'. Não sei se a palavra certa é essa, mas vou mantê-la.
Hoje eu consigo perceber que o que importa não é quem escreve e sim se estamos prestando um serviço. A notícia foi dada? Ela tem qualidade e relevância? Então ótimo. Isso me deixa feliz. E eu levei qualquer coisa do tipo de uns 3 ou 4 meses para amadurecer essa ideia e consolidar o pensamento.
E fico orgulhosa de mim mesma. Principalmente quando me deparo com profissionais tão despreparados para atuar numa área como o jornalismo. É um mundo de vaidades e é fácil escorregar no objetivo, que é informar a sociedade.
Pisar nas pessoas para tentar se destacar dos demais é um recurso usado com uma certa frequência, mas até então eu ainda não tinha visto isso tão de perto. Estou feliz por não ser comigo e estou feliz por ter orgulho dos meus colegas de redação e das pessoas com quem trabalho. Eu realmente aprendi a respeitar e valorizar o trabalho de cada um. Todo dia eu aprendo um pouquinho com cada um deles. E isso dá uma sensação de paz.
Por outro lado... Vir pra Jataí me envelheceu mais. Estou mais rabujenta com as coisas simples. Estando numa cidade com muuuuuitos universitários, tenho aquela boa e velha preguicinha de encarar os "points". Eu não vejo graça em jovens estúpidos bebendo até cair ouvindo sertanejo. Eu tenho preguiça de ir a um lugar que tooooodo mundo vai. Eu tenho preguiça de não ter opções. Aliás, só me resta uma: "moer" em casa mesmo.
Chamo os amigos, a gente liga o videokê, toma um vinho, pede uma pizza e conta causos até amanhecer. Um amigo me perguntou se eu não vou casar. "Só se o marido aceitar dormir em outro quarto", foi a minha resposta. Ao que ele retrucou: "Marla, você está muito nova pra ser tão velha".
Quanto a sua dúvida, bom, eu acho que vc só amadureceu! Envelhecer é uma consequência inevitável quando vc passa a ver o mundo de uma forma diferente.
ResponderExcluirE eu fico muito feliz por você. Feliz porque amadurecer é muito mais difícil que envelhecer. Ceder é muito mais difícil que se chatear. Compreender é muito mais difícil que refutar.
Beijos da sua amiga que já nasceu meio madura demais (ou velha demais, como queira!)
:*
Que bom que voltou, cara reporter. Como toda profissão, sujeita à "prostituição", encaremos, com sabedoria. Um dia eu aprendo: dores e delícias.
ResponderExcluirQuanto aos points... Após um longo período de clausura, saí outro dia. Fui logo no bar mais movimentado. Um cara estranho, tocando o de sempre: Chão de giz, Flor de liz e o mesmo repertório de boteco que se ouve por aí. Conta cara. Como todos os bares, altos preços, mesmo repertório, atendimento questionável. Visto de longe parecem diferentes. De dentro, tudo igual.
Ainda abro meu piano-bar!
Ai, ai...
ResponderExcluiros comentários são sempre melhores que o post! Assim nunca venço, rs!
Pois é, amiga...
ResponderExcluirTem um clichê básico, que cabe perfeitamente:" a estrela da reportagem é a notícia, a informação e não o repórter". É muito revoltante para quem acredita na função social do jornalista pensar que alguém faz da profissão uma promoção da própria imagem. Temos um status social? Sim. E é por isso mesmo que temos também um compromisso com a sociedade.
Ser jornalista é muito mais que aparecer na TV ou ter o nome no jornal impresso. Mas isso, minha amiga, só os jornalistas de verdade, apaixonados pela profissão, capazes de encarar qualquer coisa pelo bem da informação, entendem. Parece ser difícil demais para algumas pessoas.
Carol colocando as manguinhas de fora! Rs
ResponderExcluir