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07 abril 2010

Porque não discuto mais cinema



Nessas minhas andaças do twitter encontrei um link que me chamou a atenção. Meu antigo professor de faculdade participava de um debate sobre o filme do Chico Xavier. Devido ao respeito que tenho por suas opiniões, resolvi encarar a parada, mesmo tendo desistido dos debates sobre filmes no primeiro ano de faculdade.

Qual não foi a minha surpresa! Eu deveria mesmo ter continuado com meu jejum. Eu não sei por que agora todo mundo se acha meio crítico de cinema. E o pior é quando as pessoas não conseguem separar as qualidades técnicas de um filme das qualidades da história contada. Deus, é tão difícil assim?

Tendo sido militante da causa espírita durante anos e hoje ateu - salvo engano - achei muito válida a opinião do professor. Uma análise tranquila, sem rancor, objetivando o filme em si, e não a história de Chico. Mas é claro que alguns babaquinhas (fico pensando se não são evangélicos...) começaram a questionar tantas coisas nonsense como, por exemplo, se as psicografias eram reais ou falcatruas...



 
Não sabe brincar, não brinca. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é OUTRA coisa. Quem disse que o filme está lá para provar alguma coisa? Daí repudiam o filme até como coisa do diabo. Ai, ai... tenho preguiça.

Acredito que filmes são iguais a pinturas ou a esculturas ou a livros. É absolutamente subjetivo e suas interpretações dependem da bagagem cultural de cada um. Aquilo que é verdade para mim pode não fazer sentido para você. E a vida segue em frente, nada de ficar empacando em detalhes estúpidos.

Pq desisti do cinema

Quando entrei na faculdade fiquei super entusiasmada em poder estudar cinema (havia inúmeras disciplinas voltadas para isso). Mas já no primeiro semestre eu me desencantei e no segundo eu desisti, de fato. A razão reside na forma como o professor lecionava as aulas. Que ele me perdoe, mas quem está na chuva é pra se molhar.


Achava podre quando ele jogava na cara dos alunos o quanto éramos fúteis porque gostávamos de Titanic ao invés de O corpo que cai. Porque tínhamos um olhar domesticado ao invés de um olhar crítico e imparcial. Porque o cinema hollywoodiano nos despejava seus melodramas e nós chorávamos. E alguém me responde: por que isso seria ruim?

Na minha modesta opinião, qualquer tipo de arte deveria ser apreciada sem preconceitos. Se fulano gosta de sertanejo, ciclano prefere o cinema novo, beltrano gosta do dadaísmo e eu de Paulo Coelho, ok. Não acho justo diminuir as pessoas porque elas gostam de algo que rejeitamos. Muito blasé. Se não fosse toda essa multiplicidade seríamos todos robôs. E chatos, muito chatos.

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