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14 novembro 2010

Tenho fome


E essa fome não se sacia com alimentos. Ainda assim a válvula de escape é o preenchimento do estômago. Quando se tem consciência do que se está fazendo, isso se torna mais acusador. É como se a comida me dissesse: "não seja ridícula, o seu vazio está na alma".

"Vazio na alma". Que frase ridícula. Que coisa clichê. Mas exatamente agora - na madrugada de um sábado - tudo que sou é um clichê. Alguém que gosta do que faz, mas que está incompleta. Pobre menina rica. Mais um clichê. E sem o dinheiro, o que é pior.

Eu já tinha cantado essa pedra posts atrás. Voltar para Goiânia não resolveria meus problemas existenciais. Eles ainda me pesam nas costas. Eles me incomodam. E eu tento fingir que eles não estão aqui, mas sempre chega um sábado à noite loser pra eles me cutucarem os ombros. Chaaaaaaaato.

Mais uma vez: eu não me encaixo. Aonde é preciso lapidar para que eu possa caber? Aonde? Nesses momentos eu me lembro que tinha um amigo - ou pensava que fosse - que diria que não é preciso se encaixar. Mas até ele se encaixou num perfeito modelo que ele tanto pregou como se fosse completamente errado.

Quadrado, triângulo, retângulo, círculo. Aonde eu me encaixo?? Se pudesse chutar, eu diria - sem sombra de dúvidas - círculo. Porque, né.. Redondinha! Hay que filosofar, pero perder el humor jamás! Em perfeito sotaque de portunhol.

Hora de fazer um brigadeiro!

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