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12 maio 2014

Diário de Bordo RS - Parte 4 (Parque do Caracol)

Queda principal do Parque do Caracol

A sexta-feira do dia 18 de abril amanheceu nublada em Canela e a promessa era de chuva forte à tarde, mas como eu sou v1d4 l0k4 achei que seria um bom dia pra passear no Parque do Caracol, uma reserva ecológica nos arredores da cidade de Canela.

Como eu já tinha passado no Centro de Atendimento ao Turista antes, sabia que dois ônibus levavam para o parque diariamente. Um às 8h e outro às 12h. Mas antes de me aventurar, eu precisava encontrar uma lan house pra reservar um hotel em Porto Alegre pois 3G em Canela/Gramado é uma coisa que beira o inexistente. Wifi também. Lan house então... vixe.

A Barbara já tinha me avisado que a internet na serra gaúcha não é uma coisa muito poderosa, mas eu não achei que a coisa pudesse ser tão devastadora. Mas é. Com MUITO custo eu consegui a informação de que havia uma lan house no tal Lato Sensu, uma revistaria/livraria na rua principal, no caminho pra Igreja de Pedra. Então, já sabe: se precisar de internet, é pra lá que você tem que ir.

Pois bem, com a estadia confirmada em Porto Alegre, rumei pra rodoviária pegar o tal ônibus do meio-dia pro Parque do Caracol. Detalhe número 1: a parada deste ônibus não é dentro da rodoviária, mas num ponto comum, nos fundos da mesma.

Queda menor escondida em uma das trilhas

Quando lá cheguei, tinha um bocado de gente esperando o tal ônibus. E todo mundo tinha certeza de que ele viria ao meio-dia. Má notícia: ninguém se tocou que era feriado (ninguém = Centro de Atendimento ao Turista) e que o tal ônibus nesse dia saía às 13h30. Obrigada, Canela. Foi o motorista de um ônibus qualquer que nos avisou e aí fiquei lá plantada, né? Ia fazer o quê?

Foi bom porque deu tempo de a Barbara chegar pra ir comigo até o parque. Às 13h30 o ônibus passou e levamos mais ou menos uns 15-20 min pra chegar. O parque fica a uns 8km do centro de Canela via rodovia então a gente não quis se arriscar a andar até lá, né? A entrada pro parque custa R$ 12 e tinha uma folha de papel A4 com uma letra miúda na porta da bilheteria avisando que a escada que te leva pra base da queda d'água - a.k.a.a principal atração do lugar - estava fechada para manutenção.

Por que o povo não coloca uma informação dessas no site? Poupa a pessoa do trabalho de chegar lá e se deparar com uma notícia dessas. Mas já que eu já tava lá e o ônibus da volta só passaria às 18h30 (avaliem), decidimos ficar. Foi uma boa decisão, porque gostei do passeio de todo jeito. Nós vimos a queda d'água de cima mesmo, andamos por entre pequenas quedas, fizemos algumas trilhas, passeamos pela feira de artesanato que tem lá dentro mesmo (dica: os preços são melhores do que no centro da cidade. Bem melhores), tiramos fotos, fizemos vídeo, contemplamos a natureza.
Tudo do Parque do Caracol

Enrolamos, enrolamos e enrolamos e ainda eram 16h quando não aguentávamos mais. O que fazer até 18h30? Não tem o que fazer. Lidem com isso. Resolvemos então pedir carona pra voltar pra cidade. A gente só não contava que isso seria uma coisa tão incrivelmente difícil. Sério, gente. O povo viaja o país inteiro de carona, viaja pela Europa inteira e carona. Eu não imaginava que isso seria uma coisa tão complicada.

Como a gente nunca tinha feito isso na vida, achamos melhor não ir pra estrada pedir carona e sim ficar na porta do parque e pedir pros carros que estivessem saindo de lá (prudência taí pra isso, né, gente?). A gente estendia o dedão, armava o melhor sorriso, pedia carona pra Canela ou Gramado, o pessoal ria, dava uma buzinadinha e... IA EMBORA. Sério, gente. Se você não quer dar carona, pra que buzinar e acenar? Ou para e dá carona ou ignora.

Chocolate quente do Empório Canela

Depois de 40 minutos e já quase desistindo, conseguimos que uma moça parasse o Ford Ka dela que já tinha lotação de 3 pessoas e nos desse uma carona. Essa linda, de Novo Hamburgo, estava passando o dia em Gramado com as amigas e também reclamou horrores de não haver aviso claro sobre a tal escada. Ela nos deixou no trevo de Canela que dá acesso a Gramado e seguimos à pé até o centro (caminhada de uns 15 minutos).

De lá fomos para uma loja chamada Mãos do Mundo, que fica na Praça Matriz. É uma loja fantástica pra quem gosta de produtos indianos; tem artigos pra casa, bijouteria com bons preços, uma maravilha. Levei alguns brincos e um elefantinho pra minha mãe, mas fiquei me doendo com uma colcha de retalhos que não pude levar, além de vários artigos de decoração que certamente não caberiam na minha mala. Vale a pena dar uma olhada se estiver por lá.
Cardápio do Empório Canela é um jornaleco antigo: lindimais!

Com fome e cansadas, rumamos pro Empório Canela que, segundo a Barbara, é o melhor lugar da cidade. É um restaurante / café / livraria / brechó / antiquário com decoração linda, comida deliciosa e atendimento super decente com preços honestos. Apaixonei. Tomei um chocolate quente maravilhoso com um excelente croissant. Também fica na rua principal, quase chegando na Igreja.

E a chuva? Bem, a chuva ficou devendo. O dia ficou nublado e tal, mas chuva que é bom, nada. Ainda bem, né? E o clima ~frio~ ainda rendeu umas fotos com esse céu cor de rosa / alaranjado pra eu ficar mais apaixonada pelo sul. A essa altura a cidade já estava lotada de turistas (tava tão bom antes, gente) empacotados com luvas (!) e cachecol. E eu de camiseta. Tem alguma coisa errada com essa gente. 

Que céu, né?

Céu de Canela no entardecer

Boa parte dessa gente estava concentrada ali no pedaço da tal rua principal onde ficam as principais lojas de chocolates. Vocês vão me odiar muito se eu disser que o tal chocolate de Gramado não tem nada de demais? Não queria desiludir vocês, mas as marcas famosas tipo Florybal, Prawer e tal não produzem chocolate artesanal. Tenho certeza de que eles derretem lá um chocolate nestlé qualquer e misturam umas coisinhas pra chamar com nome diferente. Não sou uma amante incondicional de chocolate e achei que era doce demais, enjoativo e não tinha nada de exorbitante. Resultado: não trouxe chocolates.

Mas como gosto é igual o c*, vocês façam o favor de entrar nas lojas e degustar das provinhas que eles oferecem já na porta. Juro por Deus que tive que segurar a repuxada da boca quando provava de tão doce que era. Vai lá, é de graça, se joga no chocolate e depois volta aqui pra me xingar porque o chocolate é uma delícia etc e tal. Bêj!



Para continuar lendo:

Dia 1 - Canela (15/4/14 - terça-feira)

Dia 2 - Gramado (16/4/14 - quarta-feira)

Dia 3 - Bento Gonçalves, Carlos Barbosa (17/4/14 - quinta-feira)

Dia 5 - Le Jardin (Gramado) - Porto Alegre (19/4/14 - sábado)

Dias 6 e 7 - Brique da Redenção (POA) e Torres (20 e 21/4/14 - domingo e segunda-feira)

6 comentários:

  1. Desaculpe querida, a unica coisa que descordo é quanto fabricação dos chocolates, eu mesma vi, e é realmente feito la, inclusive existem diet, e sem gluten, e sem lactose!!!! È o maior orgulho deles!

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    1. Opa! Há esperança! Você se lembra do nome da fábrica/loja pra passar aqui pra gente?

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  2. Estive em Canela/Gramado entre 15 e 18/2/15. A rodoviária de Canela fica na rua Ernesto Urbani. Da rua de trás (rua Arlindo Pasqualine, 72 - http://goo.gl/maps/WImuQ), parte o ônibus da Viação Canelense que diariamente vai e volta do Parque do Caracol. O percurso total dura cerca de 15 minutos. Após sair da rodoviária e antes de pegar a estradinha bem asfaltada que leva ao parque, o ônibus passa no ponto que fica em frente à faculdade de hotelaria Castelli (http://goo.gl/maps/hXiFv). Já na estradinha, nos dois sentidos, há pontos de ônibus no castelinho Caracol da família Franzen (melhor lugar para um chá com apfelstrudel), na churrascaria Garfo & Bombacha, no parque Terra Mágica Florybal, dentre outros. É só falar com o motorista ou com o cobrador sobre o seu destino e eles avisam quando for a hora de descer. O ponto final é a entrada do parque do Caracol. Aliás, o preço da passagem é R$ 2,30. Quem quiser andar nos bondinhos elétricos do parque deve saber que a entrada é outra. O Parque do Caracol, estatal, é uma coisa. Os bondinhos, privados, são outra. Após descer do ônibus no ponto final, ainda é necessário caminhar mais um pouco (cerca de 1 km) pela estradinha, até a entrada dos bondinhos. A entrada custa R$ 36 e dá direito a andar neles. Abaixo seguem os horários de partida do ônibus da rodoviária, conforme constavam numa tabela afixada no próprio ponto.

    Domingo
    Saída da rodoviária de Canela: 8h, 13h30 e 17h30
    Saída do parque do Caracol: 8h40, 13h55 e 18h

    Segunda a sexta
    Saída da rodoviária de Canela: 8h15, 12h10 e 17h30
    Saída do parque do Caracol: 8h30, 12h25 e 17h45

    Sábado
    Saída da rodoviária de Canela: 8h15, 12h10 e 17h30
    Saída do parque do Caracol: 8h35, 12h25 e 18h

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  3. Ah, faltou dizer que nos feriados valem os horários de domingo. Além disso, quem embarcar no primeiro ônibus da manhã para o parque do Caracol pode tentar poupar a caminhadinha de cerca de 1 km entre a entrada do parque e a dos bondinhos da seguinte forma: o ônibus chega ao ponto final um pouco antes da passagem por ali de um micro-ônibus amarelo. Esse micro-ônibus leva os funcionários do centro da cidade até os bondinhos. De repente, rola pedir uma caroninha pro tiozinho motorista. Porém, na volta, não tem jeito: você terá que caminhar até o ponto final do ônibus para então voltar para a rodoviária. Para o passeio completo de bondinho, reserve no máximo uma hora ou uma hora e meia. É mais que suficiente. Eu sugiro tomar o primeiro ônibus da manhã, descer no ponto final, caminhar até os bondinhos, fazer o passeio, caminhar de volta até o parque do Caracol, passear por lá e pegar o ônibus de volta, por volta do horário do almoço. O tempo é suficiente.

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  4. Para quem quiser ir de táxi, o preço da corrida é de cerca de R$ 35/R$ 40 por trecho. Sugestão para quem optar por voltar de táxi: peça ao taxista para dar um temponho no castelinho Caracol da família Franzen e tome um chá com apfelstrudel. Isso não levará mais que uns 20 minutos e acrescentará pouco ao valor total da corrida. Vale a pena. O telefone do táxi do centro de Canela é 54 3282-1061.

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  5. Obrigado a todos foi de grande ajuda, informações maravilhosas sobre horários de ônibus e preços, em setembro 2016 estarei visitando a região .

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