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17 junho 2009

Frustrante profissão


O poder da informação

Olá a todos!!
Sejam bem-vindos ao meu blog!

Há muito tenho vontade de manter um espaço onde possa escrever tudo aquilo que me der na telha. O "Segundo Marla Rodrigues" nasce sem nenhuma pretensão, demagogia ou hipocrisia (será que dizer isso já não seria hipócrita?).

Este será um sítio onde falarei de tudo um pouco, sem limitações e sem compromissos com o politicamente correto. Quem convive comigo sabe que falo palavrão sem perceber (né, Lana?) até mesmo escrevendo e que ter papas na língua não é uma das minhas maiores virtudes. Se você me pedir uma opinião, prepare-se para ouvir a verdade, mesma que ela doa - em você.

Deixando de lado as apresentações, surjo com um ponto para que vocês me ajudem a pensar. Para isso, introduzo o assunto com uma historinha.

Quando decidi dedicar minha vida ao Jornalismo, o fiz pensando na responsabilidade que tenho enquanto cidadã. Eu não sou politicamente correta, mas às vezes tenho uns rompantes... rsrsrs Ao conviver com pessoas de todas as classes sociais pude perceber que a grande diferença entre um representante da classe A e outro da classe E é o conhecimento e à forma de se chegar até ele.

Não quero aqui fazer uma discussão baseada nos índices de ensino público e tal. O buraco é mais embaixo. Quando digo conhecimento estou falando da capacidade do ser humano de conseguir selecionar o que é importante para seu crescimento enquanto pessoa. Por exemplo, eu consegui perceber que fazer uma faculdade era extremamente importante para que pudesse conquistar respeito e dinheiro. Conheci pessoas que achavam que terminar o 2° grau era mais que suficiente, pois nunca "subiriam na vida". Essa visão conformista do mundo me incomoda. Quero fazer as pessoas pensarem.Veja bem, depois de morar algum tempo em Portugal - e olha que lá é a escória da Europa - pude perceber que para todos era uma "necessidade" estudar; querer aprender é algo que se é ensinado desde o berço. E isso faz toda a diferença na construção do perfil de um país. Durante muito tempo fiquei imaginando se acontecesse o mesmo aqui no Brasil.

Tenho muitas teorias a respeito do porquê a política brasileira nunca ter investido em educação básica e hábito da leitura, mas não vou expô-las agora. Pulando algumas etapas, raciocinem comigo: se todos os brasileiros, do povão à elite, lessem jornais de qualidade todos os dias o nosso país seria o que é hoje? Será que teríamos no Congresso aqueles mesmos políticos que "nos representam"? Será que acreditaríamos em tudo o que nos dizem? Será que aceitaríamos a burocracia que nos é imposta? Será, será, será?



Eu quero acreditar que seria diferente. E eu quero ajudar a fazer a diferença. Mas tudo começa a complicar quando algum empregador da área de comunicação me pergunta sobre minhas pretensões como jornalista. Esse meu ponto de vista não parece ser muito querido pela grande mídia, me parece que não é lucrativo informar a população. E aí me frustro e tento me convencer de que tenho que falar aquilo que eles querem ouvir, mas custa-me pensar, que dirá falar...

Bom, por enquanto é isso...

E vocês? Acreditam que esse país teria jeito se a informação de qualidade batesse à porta das pessoas?

3 comentários:

  1. Acho que não. Acho que esse país seria a mesma merda que é, mesmo que toda a informação de qualidade estivesse disponível na cara das pessoas.

    Em um país de pessoas conscientes (o que prescinde da educação)não são as informações que vão bater à porta das pessoas, mas as pessoas que batem na porta dessas mesmas informações.

    Não podemos nos esquecer de que quem faz a rede globo são os nossos hábitos de Homer Simpson!

    Parabéns pelo blog, Marlota.

    --

    Luis Fernando Balby

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  2. Parabéns, Marlota, seu blog ficou ótimo!

    Fico bastante feliz por saber que alguém quer debater coisas que realmente importam e que ainda existe a preocupação em ser ético e preocupado com o que se faz. Como jornalista, fico das mais orgulhosas quando vejo não apenas uma amiga, mas uma colega de profissão (apesar de não exercê-la)preocupar-se em fazer a diferença e informar a população.
    Faço parte do seu time! Ainda acredito que é possível reverter esse quadro de apatia pelo qual passa a população brasileira. Mais educação e informação são fundamentais, só precisam ser respeitados e incentivados.

    Do mais... parabéns pela iniciativa! Vamos debater... uhu!!

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  3. É uma série de fatores que precisa comungar.
    Afinal, do que adianta a presença da tal informação de qualidade aos olhos de quem não tem o mínimo critério para imputar essa tal qualidade em cima daquilo que está lendo?

    Enquanto isso... o "Jornal Daqui" vai bem, obrigado!

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