Falar sobre ética é um procedimento muito complexo e, às vezes, muito pretensioso e pedante. Apesar disso é fato que deveríamos dar mais atenção a esse assunto. Ética é importante para o dia a dia, para o caminhar da sociedade. Sem ética um país pára, estagna. Há mais ou menos uma semana assisti a um documentário de 1991 que falava sobre ética em vários aspectos. Por exemplo, por que as pessoas se acham no direito de comer alimentos dentro dos supermercados e não pagar? Ou por que mente-se tanto nos classificados para vender carro ou casa? No anúncio é um palacete, na real um casebre. Resposta dos "pegos no flagra": quem não é esperto, dança.
Pra um documentário de 1991, ele me parece bastante atual. E isso me incomoda, pois gostaria de ver as coisas melhorando, se dignificando. Eu queria ter orgulho da sociedade em que vivo, mas definitivamente eu não tenho. E isso piora bastante quando se está longe do Brasil. Eu tinha vergonha de ser brasileira em Portugal, pois, acreditem, se existia um crime, uma "burlada" no sistema ou coisa do gênero o culpado era sempre um brasileiro.
Levar vantagem é coisa de brasileiro. Só no Brasil as pessoas se orgulham de levar vantagens nas coisas - nesse sentido de malandragem. Na Europa, por exemplo, se fizerem e forem pegos, escondem o rosto por vergonha. Mas aqui criança aprende desde cedo que deve empurrar o lanche ruim em troca do lanche gostoso do coleguinha ou que deve colar se preciso for para poder passar de ano.
Em Portugal não há catracas nos ônibus. Você entra, passa o bilhete e pronto. Vez ou outra um fiscal confere os bilhetes dos passageiros. 100% das vezes em que presenciei um "flagra" o burlador do ônibus (autocarro) era um brasileiro.
Além disso, os motoristas sempre dão "bom dia" e estão dispostos a ajudar. Não é preciso tumultuar a porta de saída com medo de passar o ponto e o motorista não esperar. Lá você pode continuar sentado até o ônibus parar por completo e abrir a porta. Não há pressa, pois ele sabe que alguém vai descer. Várias vezes presenciei situações em que o motorista saía de seu confortável banco para ajudar uma velhinha a subir ou descer do ônibus. E achando bom. Aqui no Brasil já vi inúmeras vezes velhinhas quererem descer na Santa Casa e serem esmagadas nas portas porque os motoristas não queriam esperar.
Bom, mas isso são apenas pequenos exemplos. O que quero dizer é que o Brasil está longe, muito longe de ser uma sociedade ética ou realmente educada, porque aqui só tratamos bem os "gringos". A mudança se faz na cabeça e na postura de cada (único) brasileiro. É muito fácil reclamar dos políticos que estão lá fazendo toda aquela caca. E você? É realmente ético?
Comece mudando as suas atitudes. Depois você passa a dica pro colega mais próximo. Só assim tenho esperanças de ser uma velhinha vivendo em uma sociedade um pouco mais adiantada no quesito ético. Como diz o Pasquale, "é isso".
Pra um documentário de 1991, ele me parece bastante atual. E isso me incomoda, pois gostaria de ver as coisas melhorando, se dignificando. Eu queria ter orgulho da sociedade em que vivo, mas definitivamente eu não tenho. E isso piora bastante quando se está longe do Brasil. Eu tinha vergonha de ser brasileira em Portugal, pois, acreditem, se existia um crime, uma "burlada" no sistema ou coisa do gênero o culpado era sempre um brasileiro.
Levar vantagem é coisa de brasileiro. Só no Brasil as pessoas se orgulham de levar vantagens nas coisas - nesse sentido de malandragem. Na Europa, por exemplo, se fizerem e forem pegos, escondem o rosto por vergonha. Mas aqui criança aprende desde cedo que deve empurrar o lanche ruim em troca do lanche gostoso do coleguinha ou que deve colar se preciso for para poder passar de ano.
Em Portugal não há catracas nos ônibus. Você entra, passa o bilhete e pronto. Vez ou outra um fiscal confere os bilhetes dos passageiros. 100% das vezes em que presenciei um "flagra" o burlador do ônibus (autocarro) era um brasileiro.
Além disso, os motoristas sempre dão "bom dia" e estão dispostos a ajudar. Não é preciso tumultuar a porta de saída com medo de passar o ponto e o motorista não esperar. Lá você pode continuar sentado até o ônibus parar por completo e abrir a porta. Não há pressa, pois ele sabe que alguém vai descer. Várias vezes presenciei situações em que o motorista saía de seu confortável banco para ajudar uma velhinha a subir ou descer do ônibus. E achando bom. Aqui no Brasil já vi inúmeras vezes velhinhas quererem descer na Santa Casa e serem esmagadas nas portas porque os motoristas não queriam esperar.
Bom, mas isso são apenas pequenos exemplos. O que quero dizer é que o Brasil está longe, muito longe de ser uma sociedade ética ou realmente educada, porque aqui só tratamos bem os "gringos". A mudança se faz na cabeça e na postura de cada (único) brasileiro. É muito fácil reclamar dos políticos que estão lá fazendo toda aquela caca. E você? É realmente ético?
Comece mudando as suas atitudes. Depois você passa a dica pro colega mais próximo. Só assim tenho esperanças de ser uma velhinha vivendo em uma sociedade um pouco mais adiantada no quesito ético. Como diz o Pasquale, "é isso".
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