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30 abril 2015

Aprendendo inglês #1: Leitura


Sou dessas que acha que se escola de inglês resolvesse a vida de alguém, eu mesma teria aberto uma. Não vai ser professor nem escola que vai te ensinar o idioma, amiguinho. Isso aí ajuda, é claro, mas o aprendizado depende 95% do aluno. Então bora lá começar uma nova série? Bora. E a primeira dica é: LEITURA.

Quando era adolescente, tinha essa mania de pegar textos em inglês e traduzir palavra por palavra. Esse é o erro número 1 que você não quer cometer. Primeiro porque inglês é uma língua idiomática, o que quer dizer que um monte de palavras soltas não fazem sentido, você tem que juntar umas expressões pra elas te dizerem alguma coisa.

O objetivo da vida é entender a frase que você está lendo. Não fez sentido algum? Calma. Respire. Leia de novo e siga firme até o fim do parágrafo. E agora? Melhorou a ideia do que tá rolando na trama? Ainda nada? Siga ate o fim da página. Prender-se a uma palavra atrapalha o contexto e a fluidez da leitura (e muitas vezes te faz desistir e jogar o livro bem longe). Confia em mim, em algum momento você vai pegar a ideia do autor, não se aflija e persista.


O primeiro livro que comprei pra ler em inglês foi Pride and Prejudice, da Jane Austen. Erro número 2: se você nunca leu um livro inteiro em inglês antes, comece com um infanto-juvenil. Terminar esse livro foi um parto. Não aconselho nem pro meu pior inimigo. Findei porque tomei como "challenge accepted", mas não se jogue nessa armadilha.

Depois que pari o queridinho da Miss Austen, resolvi baixar minha bola e ir atrás de uma leitura mais sussa, ao que encarei A Little Princess. Sabe aquele filminho da Sessão da Tarde, em que Sarah, A Princesinha, vai para um colégio interno, mas perde o pai e vira a empregada do lugar? Pois é, esse aí. Nossa, foi um upgrade da velocidade da leitura. Livro fácil, gostosinho de ler e, no final, aquela sensação de dever cumprido. Spoiler: o fim da história original é totalmente diferente da versão do filme. Ficou curioso? Corre ler.

Kindle no computador: essa maravilha

"Ai, Marla, não tenho dinheiro pra ficar comprando livro em inglês". Nem eu, fia. Mas tem uma pá de aplicativos de leitura que oferecem um monte de livrinhos de graça. Sabe o Kindle? Então, se você - assim como eu - não tem o reader queridinho da Amazon, fique sabendo que dá pra baixar o aplicativo no celular, no tablet e até no seu próprio computador. É só clicar aqui e você já vai ser direcionado pra página de download.

Facilidade: disponibiliza um dicionário ao duplo clique na palavra

Vantagem número 1 de usar o Kindle como leitor: além de ter vários livros de graça (como A Little Princess, que já citei), dá pra clicar na palavra que tá prendendo sua leitura e ele te dá o significado da mesma - em inglês. Lembro que fiquei encafifada com um "bear" que aparecia o tempo todo no livro e eu jurando que esse urso não fazia parte da história, até que não resisti e fui procurar o significado, que oeeeeee, também quer dizer "suportar" e pronto, minha vida ficou mais leve. Hoje em dia praticamente não leio mais em português, mas é mais pra poder manter o inglês afiado. Fora que ler no original teuma liberdade imensa.

E aí? Tem mais uma boa ideia de leitura pra pôr em prática e avançar no inglês? Joga aí nos comentários!

27 abril 2015

O causo da cidade que anda pra trás


Tô na vibe de caminhar por aí nas pistas de Goiânia pra mexer um pouco o corpo. Tentando criar gosto pela coisa, sabe como é. Daí descobri que não pode caminhar a qualquer hora. Tem que ser de manhã ou à noite. Mas não qualquer hora da noite, tem que ser no máximo até 8 da noite ou então não vai ter ninguém mais na pista e você vai se ver sozinha num lugar ermo e escuro e vai ser perigoso. Chato, né?

Dia desses saí da yoga às 20h40 e achei que poderia ir dar um rolé no Areião, mas tinha mais ou menos umas 4 almas vagando pela pista, achei meio perigoso e fui-me embora sem o caminhar daquele dia. Comentei com uma amiga que mora em São Paulo e que não perdeu a oportunidade: se fosse aqui, tinha gente saindo pra caminhar às 11 da noite. Pois é. Pois é. Mas aqui em Goiânia tem hora pra caminhar, é claro. E, pelo que vi, tem sentido obrigatório também. Explico.

Perto da minha casa tem uma dessas praças que virou pista de caminhada / campo de futebol / parquinho pra criançada / lugar de levar o cachorro pra passear. Um belo dia fui lá e, enquanto caminhava, reparei que todo mundo seguia num único sentido, eu era a única a ver as pessoas de frente. Achei que fosse uma coincidência e segui meu caminho. Mas obviamente não demorou muito até que alguém viesse me bater a real.

O velhinho nem caminhando estava. Com suas havaianas no pé, não fez cerimônia pra interromper minha passada e dizer "Filha, quando vier caminhar aqui você deve seguir pelo sentido anti-horário, o contrário do que você está fazendo agora." Ora essa, como assim? "Por quê?", perguntei sem pressa. Ao que ele respondeu:

- Porque aqui a gente faz assim.

Mandei um "então tá", resmunguei um "mas eu não sou provinciana" e segui meu caminho no sentido horário mesmo pois: não sou obrigada. Goiânia, essa cidade que tem hora pra caminhar e sentido obrigatório - o de andar pra trás.
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