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26 fevereiro 2011

Férias no RJ, dias 7 e 8

Entrada da Biblioteca Nacional
No dia 22, terça-feira, foi aniversário do Pedro. Mas, antes que ele voltasse do trabalho e pudéssemos comemorar, eu e Nay fomos terminar de fazer o tour pelo centro. Pra você ver que um dia só foi impossível. E tem gente que passa 15 dias no RJ indo pra praia. Santa ignorância.

Pois bem. A princípio fomos para a Biblioteca Nacional. Dessa vez fomos espertas e agendamos a visista guiada por telefone com antecedência. Elas são às 11h, às 13h e às 15h. Pegamos a última. A estagiária que nos mostra a biblioteca fala tudo tão ensaiadinho que chega a ser engraçado. E sempre que ela termina alguma frase, solta um "vamos conhecer?". Parece muito aquelas guias virtuais, do tipo "clique aqui". Ponto em desfavor: não pode levar máquina fotográfica. Olha, tudo que não pode ser fotografado é muito chato.

Detalhe da escadaria principal da biblioteca
Mas em compensação, tudo é tão lindo, tão lindo. Espero que minha memória não me traia tão cedo e eu me esqueça do quanto aquele lugar é lindo. E importante. Se tem uma coisa da qual eu posso me orgulhar dos portugueses é que eles gostavam muito de literatura e artes. A biblioteca já existe há mais de 200 anos. O prédio que conhecemos é o central, mas são tantos títulos que é impossível guardá-los todos lá e, pelo que entendi, existem outros 2 ou 3 prédios da biblioteca. Só para se ter uma ideia, 150 títulos chegam diariamente ao lugar por conta da lei do depósito legal, que obriga todas as editoras a enviarem pelo menos um exemplar de cada livro publicado no País.

Lá estão ainda o menor livro do mundo, que é do tamanho da unha do dedo mindinho, contendo a oração do Pai Nosso em várias línguas, a primeira bíblia do mundo publicada e outros raríssimos exemplares de manuscritos e livros preciosos. O lugar é espetacular, absolutamente preocupado com detalhes de conservação e cuidados. Sabe quando vc vê que o trabalho que está sendo feito ali é muito sério? Pois é. Fiquei morrendo de vontade de trabalhar ali só para poder ter acesso a essas preciosidades. Quem sabe?

Escadaria principal do Museu de Belas Artes
Depois de uma hora andando pelas salas da biblioteca, o passeio terminou. Seguimos, então, para o Museu de Belas Artes. Os 5 reais mais bem gastos de toda a minha vida. Se em vários museus a gente sofre por não poder fotografar, nesse os guardas faltam pedir para que fotografemos. Eles viram minha máquina na mão e disseram: fique à vontade para fotografar. Faltaram se oferecer para tirar as fotos. rs

"Batalha do  Avaí"
Sério que esse é o lugar mais incrível que já visitei em termos de museum. O passeio começou por pinturas de Debret e a cada sala que visitávamos elas ficavam mais contemporâneas. Além de quadros, esculturas, estátuas e objetos estavam espalhados pelo local. O maior quadro do mundo está lá. Batalha do Avaí. É tão grande, tem tanta informação, que é impossível dar apenas uma olhadinha. A gente senta e contempla.

"Navio negreiro", Di Cavalcanti
Mais pra frente obras de Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Rascunhos, esboços, traços. Tudo tão precioso. Tudo aquilo que lemos nos livros de história estava ali, ao meu lado, fazendo a história re-acontecer bem em frente aos meus olhos. Tô meio romântica para escrever sobre o museu, mas eu fiquei muito encantada. 

Na arte contemporânea, só gostei desses trabalhos
Em outra sala chega a arte contemporânea e aquele nosso ar de insatisfação que rolou no MAC em Niterói. "Isso aí eu sei fazer também". Aí a gente passou rapidamente, sem contemplar nada (rs) e seguiu para as alas de estátuas gregas. O engraçado é que o museu é muito grande, mas todas as portas parecem iguais e você acha que já terminou, mas os guardinhas estão atentos (e extremamente educados!!!) e não deixam você partir antes que vejam a sua cara de muito cansada. A gente descia uma escada quando um deles nos alertou que ainda não tínhamos visto as estátuas gregas ou o andar de arte contemporânea. Muito legal.

Uma das alas de estátuas gregas
Além das "estaltas", uma exposição de cheiros. Pois é. Cheiros. É uma sala em que você se sente em determinado ambiente. Ai, vai ser difícil explicar. Daí tem sons. Um deles, por exemplo, é do fundo do mar. Uma paz indescritível, com poucas luzes. Nos cantos, um dispositivo. Você aciona o botão e ele dispara cheiros. Um era de terra molhada, outro de água salgada. E outros, que a memória já falhou e eu já esqueci. E um guardinha super simpático, que pediu encarecidamente para que assinássemos o livro de visitantes antes de nos despedirmos do local. Incrível como educação é uma coisa que faz tanta diferença. Tinha que ser "obrigação", mas a gente ainda se assusta quando é tratado com tanta educação. 

Depois de termos nos certificado de que passamos por TODOS os lugares do museu, nos despedimos, já mortas e apenas 15 minutos antes do fechamento. Pelo menos o último passeio do dia seria para ficar sentadas. rs.

A ÚNICA foto com o Pedro, e está desfocada =(
O aniversário do Pedro foi comemorado no Outback com os amigos mais amigos do trabalho. Esse dia também pode ser chamado de "o dia em que Pedro deu prejuízo ao Outback". Sério que nunca vi uma pessoa conseguir entornar tantos litros de Coca-Cola em tão pouco tempo. Achei que ele fosse explodir, mas aí achei que ele tava mesmo era certo, já que a coca era de refil, e entrei no refrigerante também. Quem explodisse primeiro, ganhava. Ninguém ganhou.

O mais besta foi que ao invés de ele deixar pra pagar por último - se sobrasse - ele foi o primeiro a passar o cartão. Daí quase não sobrou nada para os últimos convidados, que enfiaram um dinheirinho na mão dele. "Não vou aceitar", ele disse. Ao que retrucamos: "Então a gente vai cantar parabéns bem alto". E ele enfiou o dinheiro no bolso. Bem rapidão. O Pedro tem esse jeito fofo de ser tímido. E foi assim que terminou a terça-feira.

Quarta-feira, dia 23

Dia de compras. Primeiro dia do Bazar da Alice Disse, uma loja de sapatos fofíssimos que só tem no Rio de Janeiro. Eu nem sou assim uma grande fã (porque acho um pouco infantis), mas sabia que não poderia perder a oportunidade de fazer um bom negócio. Acordamos cedo para chegar às 10h no Shopping da Gávea e tentar pegar alguma coisa boa já na primeira hora do primeiro dia do bazar. Demos sorte. Muitos modelos a preços bem em conta, principalmente se considerados os preços normais da loja.

O resultado das comprinhas
Acabei levando uma rasteirinha roxa, extremamente confortável e fofinha (parece pantufa!) e dois arcos para a cabeça com enfeites de florzinha feitos de couro. A Nay também levou uma sandalinha e um arquinho. Paguei R$ 34 em tudo. Bagatela total. Depois de rodar 239805385 vezes o maldito shopping (quem é o arquiteto daquela merrrrrrrrda merece mudar de profissão), encontramos um caixa eletrônico e almoçamos. Em um restaurante perdido no meio do shopping que não tem praça de alimentação. Oh, Deus! Até o Banana Shopping é mais organizado.

Depois, com muita coragem, fomos bater perna no Saara. Tá impressionado? Eu estou satisfeita. Tanta, tanta coisa! Tudo tão baratinho! E o tempo todo fiquei procurando o Foguinho vendendo profiteroles (rs). Comprei um montão de bugiganga e bijouterias ultra bonitas e baratas e gastei, no fim das contas, menos de R$ 50. Sério, gente! Praia no Rio de Janeiro? Vocês não sabem aproveitar o que a cidade tem pra oferecer.

Detalhe da Confeitaria Colombo
Depois de quase derreter fizemos a parada na famosíssima Confeitaria Colombo. Pedi uma coxinha (eles não têm nada muito tentador em termos de salgados), um cheesecake de geleia de morango e um pastelzinho de Belém. Ai, meu Deus. Há anos eu não comia um pastelzinho de nata decente. Sabe assim... de comer rezando? Foi desse modelinho.

Além da comida sensacional, o lugar é simplesmente maravilhoso. Perdido no meio do caos do centrão do Rio de Janeiro. Arte para você sentar e apreciar com calma, tomando um café com biscoitos. Só fiquei com pena dos garçons e garçonetes que usam muita roupa embora o local não seja exatamente fresco. Minha próxima viagem ao Rio de Janeiro vai ter mais visitas à Confeitaria Colombo.





Para continuar lendo:

- Férias no RJ, dias 1 e 2
- Férias no RJ, dias 3 e 4
- Férias no RJ, dias 5 e 6
- Férias no RJ, dias 7 e 8
- Férias no RJ, dias 9 a 12

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