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15 março 2018

Minha terrível experiência com o DIU Mirena


Vou fazer um favor a um bocado de mulheres e dizer para vocês que chegaram aqui porque estão pensando em colocar o DIU Mirena: REPENSEM. Eu queria muito ter lido um post como esse antes de ter tido a brilhante ideia de fazer isso com o meu corpo, que carrega as consequências dessa decisão até hoje.

Segue o relato.

Desde meus 18 anos eu uso anticoncepcional e nunca tive nenhum desses problemas tão comuns a tantas mulheres, como espinhas, ganho de peso, alteração de humor etc. Pra mim sempre funcionou bem e depois de uns quatro ou cinco anos de uso, minha ginecologista disse que tudo bem se eu não quisesse mais menstruar e tomasse cartela contínua. Trocou pra Elani 28, que é feito justamente pra ser tomado sem interrupção e foi sucesso.

Ano passado comecei a repensar a história do uso do anticoncepcional por uma razão prática. Como eu vou me mudar para a Inglaterra e lá não se compra anticoncepcional na farmácia como aqui no Brasil, achei que era muito trampo ir a uma unidade de saúde todo mês pra poder pegar uma cartela nova e pensei: que fantástica ideia seria inserir um DIU hormonal.

Conversei com minha ginecologista por quase uma hora e ela falou que em 95% dos casos as mulheres paravam de menstruar (assim como já era comigo com as cartelas contínuas) e todo o medo que eu tinha de ter um AVC causado por anticoncepcional seria diminuído porque o hormônio é aplicado in loco, então praticamente não vai pra sua corrente sanguínea. Além de tudo, a duração do mesmo era de 5 anos, o sistema de saúde inglês usa a mesma marca e faz a troca gratuitamente.Tem alguma contraindicação? O que pode dar ruim? "Levando em consideração o seu histórico médico, nada".

Sim, essa foi a resposta que eu recebi. A mulher cuida de mim há tantos anos que confiei. Desconfiando, é claro. Fiz muita pesquisa na internet, fui atrás de relatos, de casos que tinham dado errado etc. Só encontrei casos de sucesso.


A inserção


Em fevereiro de 2017 meu plano de saúde cobriu todo o procedimento (com exceção da anestesia, que custou R$ 200) e a médica inseriu o DIU. Assim que eu saí da clínica e o efeito da anestesia passou, eu comecei a sentir cólicas horríveis. De lá já passei na farmácia e comprei um remedinho potente e segui dirigindo pro trabalho. No meio do caminho as dores ficaram tão fortes, tão horríveis, que eu tive que mudar o percurso e ir pra casa.

Meu útero passou o resto do dia tentando "parir" o DIU. Sim, a sensação foi essa mesma, de expulsão. Eu, que nunca tive problema com cólica na vida, achei que estava perto da morte, mas segui firme porque a médica disse que isso era esperado. O remédio só fez a dor ficar suportável, mas eu fiquei imprestável um dia inteiro.

Os primeiros sintomas


Eu tive sangramento por 23 dias seguidos depois da inserção do DIU - também esperado, segundo minha médica. Cheguei a pensar que o DIU havia se deslocado e não estava mais fazendo efeito, hipótese refutada pela médica, que conferiu que tudo estava no lugar certo. Eu também sentia cólicas que vinham do nada e iam embora do nada também. Meu humor se alterou loucamente (leve em consideração que havia pelo menos oito anos que eu não sofria com TPM) e minha depressão voltou.

Não bastasse isso, minha pele, que sempre foi impecável, começou a sofrer com uma coisa que eu não sabia bem como descrever. Não era espinha, mas ficou caroquenta, como se eu estivesse com alergia de alguma coisa. Meu cabelo, que já caía bastante, passou a despencar desesperadamente, a ponto de eu ficar com umas entradas dos lados. Comecei também a me sentir inchada e a ganhar um peso que não fazia sentido, já que eu estava cuidando direitinho da alimentação e dos exercícios. Ah, e claro, o que as meninas chamam de "sensibilidade mamária", que eu traduzo como: os peitos incham e doem. Doem muito.


A confusão


Um mês antes de colocar o DIU eu um tratamento pra hipotiroidismo recém-diagnosticado e quando fui à ginecologista reclamar dos sintomas que eu estava sentindo, ela disse que era tudo culpa da tiróide e que a dose da medicação precisava ser alterada, que eu deveria me consultar novamente com minha endocrinologista.

Volto eu à endocrinologista, que pede uma pilha de exames e já avisa de antemão que todos os sintomas que eu estava sentindo eram hormonais, mas não da tiróide. Encontramos a dosagem correta do medicamento, minha tiróide estava controlada e ainda assim eu continuava sofrendo com todos aqueles problemas.

A viagem


Em maio eu viajei pra Inglaterra pra uma temporada de quatro meses. À época, eu tinha escapes que duravam 20 dias a cada mês. Meu cabelo já tinha caído tanto que teve sua estrutura alterada. Sempre foi um cabelo grosso, liso, pesado e brilhante. Ficou fino, sem forma, quebradiço e opaco.

As cólicas iam e vinham do nada e eu tive episódios horríveis de depressão em que eu nem conseguia sair da cama. Isso foi o que mais me abalou porque afinal eu estava feliz, com o companheiro que amo, vivendo uma época super tranquila e esperada. Até então, eu estava botando a culpa de todo o mal na tiróide, porque afinal, não tem nada na bula, na internet, na experiência de outras pessoas que me fizesse relacionar o que eu estava sentindo com o DIU.

Quem teve o estalo foi meu noivo, que conseguiu associar meus episódios de depressão em períodos repetitivos, quase sempre na mesma data, a cada mês. Já entendeu, né? Sim, meus hormônios do humor (vulgo TPM) se alteravam DE TAL MANEIRA que eu cheguei a acreditar que tava sofrendo de depressão de novo. E essa foi a gota d'água.


Uma nova pesquisa


Comecei a procurar no Dr. Google, então, apenas os meus sintomas. Cheguei ao blog de uma menina contando basicamente o que eu estou relatando aqui, toda a merda causada na vida dela desde que ela teve o DIU inserido. Muitos comentários se seguiam ao post, de mulheres também assustadas e revoltadas pelo que estavam passando e se sentindo totalmente desamparadas, sem um diagnóstico.

Foi ótimo ter encontrado essa mana, porque foi ali, lendo todos esses relatos, que eu decidi me livrar dessa nhaca. Voltei pro Brasil no fim de agosto e um mês depois consegui marcar com a ginecologista pra tirar esse trem do cão.

Balanço


Foram quase oito meses com o DIU, sofrendo de queda acentuada de cabelo, alteração hormonal grave (TPM comparada a depressão), sangramento de escape 20 dias por mês, aumento de 8kg (equivalente a 14% do meu peso total), pele muito mais oleosa e com espinhas e cólicas muito fortes, sem hora pra acontecer, além da dor nos peitos (chame aí de sensibilidade mamária se você quiser). Levem em consideração que eu nunca havia tido nenhum desses problemas em 31 anos de vida.

Agora já são seis meses desde que voltei pra pílula e o que melhorou instantaneamente foi minha pele, assim como as cólicas e sangramentos, que cessaram. A TPM e a sensibilidade mamária ainda levaram um tempo pra se estabilizar, mas não demoraram a desaparecer. Até o presente momento desci apenas 4kg na balança, o que significa que ainda faltam outros 4kg pra voltar ao meu peso normal (não fiz dieta nem aumentei a carga de exercícios). Meu cabelo, coitado, ainda sofre. Sinto que ele está começando a voltar à forma de antes, mais liso e pesado, mas ainda cai bastante e tem bastante frizz, que eu imagino serem os cabelos novos que estão nascendo.

Se você conferir a bula do Mirena, vai ver que nenhum dos sintomas que eu relatei está incluído nas possíveis reações causadas pelo medicamento. Mas se você comparar os meus sintomas com os das meninas que passaram a sofrer as mesma coisas desde que tiveram o DIU inserido, vão ver como tudo bate. Aqui tem ainda outro relato.

Meu objetivo com esse post não é fazer propaganda contra o Mirena, mas apenas oferecer um relato de uso e de reações que não foram informadas nem pela bula do fabricante nem pela minha médica. A escolha continua sendo da mulher. Mas ó: se sentir qualquer uma das coisas que citei, aconselho a tirar o dispositivo tão logo seja possível porque pra voltar ao normal demora muito, muito mesmo.

07 março 2018

Sobre casamentos e profissionais que não entendem nada de business


Estou noiva, com casamento marcado pra outubro de 2018 e, devo dizer, abismada com:
1. O atendimento que tenho recebido;
2. O preço exorbitante de absolutamente tudo relacionado a casamento;
3. A treta que uma festinha pode causar.

Vou ilustrar com acontecimentos reais pra atalhar a conversa. Meu noivo está na Inglaterra, eu estou no Brasil. Escrevi um email bem detalhado, explicando exatamente a minha paleta de cores para as flores da decoração e 6 fotos de arranjos que eu quero usar. Mandei cópia para todos os floristas da região e pedi para que me enviassem o orçamento de cada um dos arranjos. Sem mistérios, né?

Recebi orçamento de tudo quanto é preço e ainda dois emails muito curiosos. O primeiro dizia que não havia entendido bem, que seria necessário que sentássemos para conversar. Oras, se eu recebi outros orçamentos é porque certamente estava claro, não precisaria explicar nada mais. Descartado.

O segundo email exigiu que eu respondesse a um formulário antes que continuássemos qualquer negociação. Li o formulário. Continha exatamente o que eu já tinha colocado no email + o combo informações pessoais que não te interessam + a perguntinha do final cereja do bolo "Numa escala de 0 a 10 quão animada você está de ter a nossa empresa fazendo a sua decoração?". Eu não tô de brincadeira.


Obviamente nem respondi. Daí passa uma semana e o indivíduo me manda um email alertando pro fato de que eu não havia respondido o tal formulário. Informei que já tinha resolvido a pendência das flores e não precisava mais dos serviços dele. Ele não ficou conformado, precisava responder:

"Mas como assim, estou muito surpreso com essa resposta porque você parecia muito interessada no nosso business."

Fui educada, respondi que enquanto ele criava complicações para me passar um orçamento, outros profissionais já haviam resolvido meu problema. Ele não se deu por vencido e me mandou esse último email, para o qual nem resposta dei: 

"Preço por preço, você encontra isso no nosso site, evita que todo mundo desperdice tempo."

Amigos empreendedores, vamos deixar uma coisa clara aqui: são vocês que precisam dos clientes, não o contrário. Isso posto, sigamos adiante... Vamos agora aos profissionais que acreditam no seu peixe, mesmo vendendo um peixe milionário.

Achei um arranjo para o cabelo no site Etsy, produzido manualmente por uma designer da Nova Zelândia e vendido por R$ 800. Achei caro, porque, afinal, estamos falando de um treco pro cabelo que você vai usar uma ÚNICA VEZ NA SUA VIDA. Nada contra quem ache que tá barato, que vale sim, que é o preço do trabalho da moça etc. Tá liberado gastar seu dinheiro como lhe convier, porém eu acho muito caro e não pago, não. Enfim...


Comecei a procurar na minha cidade alguém que tivesse um modelo parecido ou até mesmo que se dispusesse a criar algo inspirado no design da moça neozelandesa e achei uma! O atendimento começou pelo instagram e a moça foi super profissional, pegou meu telefone, conversamos e ela disse que tinha uma peça parecida, mas que poderia confeccionar uma do jeito que eu precisasse.

Curiosa, pedi que me enviasse a foto da peça que ela já tinha à disposição e também o preço, pra eu avaliar se cabia no meu orçamento. Qual não foi a minha surpresa quando ela me contou que a peça custava a incrível quantia de R$ 2,4 mil. Agradeci e gentilmente avisei que a proposta dela estava muito além do meu orçamento. Meu vestido custa R$ 600 e eu já acho o maior dos absurdos!

Fico aqui no limbo do questionamento: as empresas cobram o que querem por itens de casamento porque as noivas pagam qualquer coisa ou as noivas pagam qualquer coisa porque não há preços melhores? Eu acho que pra tudo há jeito nessa vida e, olha, não pago, não. É só uma festa. Parem com essa glamourização.

Quanto ao item 3, eu vou ser mais objetiva: mantenha sua família longe dos preparativos do seu casamento. Não são eles que sabem o que é o melhor pra você. Quem sabe disso são você e seu noivo. Deixe o povo espernear, deixe o povo brigar, te chamar dos piores nomes. O casamento é seu e a festa é para os noivos. Feliz de quem é convidado. Se sair gente reclamando, ria. Se você se divertiu, era isso que importava. Vamos de novo: a festa é para os noivos.

22 novembro 2017

Brasileiros passando vergonha em grupos do Facebook


Se vc alguma vez na vida pensou em morar fora, certamente já entrou nesses grupos do Facebook onde pessoas com interesses em comum se unem para trocar ideias, dar umas dicas e fazer um network. Isso, claro, no mundo ideal, porque no mundo real as pessoas estão totalmente loucas.

Eu vou pular os casos em que as pessoas lavam roupa suja no grupo, dão indiretas umas às outras, postam vídeos indecentes e surtos psicóticos e violentos.

Eu quero falar das pessoas que entram no grupo e deixam alguma coisa desse tipo:

"Oi, moro em Floripa, quero ir morar em Londres. Tem emprego?"

NÃO SEI NEM POR ONDE COMEÇO.

Tem um pessoal que ainda tenta, dá uns toques, umas dicas de onde começar a pesquisar. Mas a pessoa quer usar o Google? Não, ela não quer. Ela quer que alguém responda "tem sim, vem pra cá que eu te dou um emprego". Que mundo cês vivem?


"Quero morar em Londres, me leva?" Claro, é fácil assim

Estou há um ano e meio pesquisando vistos de noiva e esposa porque sou noiva de um britânico. Atenção: UM ANO E MEIO. O site do UK Visas é super extenso, cheio de pormenores, lotado de regrinhas e exceções.

Daí me vem uma moça num desses grupos e pergunta qualquer coisa do tipo "o que é o melhor? Casar aqui ou casar lá? Quando posso começar a trabalhar? Onde que aplica pro visto?". Minha resposta (a única pessoa que se deu ao trabalho, diga-se de passagem) foi: Miga, você tem que escarafunchar o site do Home Office, são muitas regras e leis pra serem estudadas, quando você tiver uma dúvida mais específica, fica mais fácil te ajudar. Sabe o que a moça respondeu? Um gif bem do mal educado.

Aparentemente isso é bem comum, né? O povo quer que você resolva o problema dele. De graça. E pra ontem.

Por favor, pessoal, antes de passar essa vergonha online, deem uma pesquisada. Mostrem que vocês estão interessados de verdade e não simplesmente curiosos. Do mesmo jeito que você é muito ocupado, nós também somos, e além de tudo ainda nos disponibilizamos a ajudar. Por favor, usem a internet a seu favor e não contra você.

14 setembro 2017

O dia em que eu empatei a foda

Portsmouth sendo linda num final de tarde de verão

Teve um dia que eu tava dirigindo por Portsmouth e calhou de eu pegar um pôr-do-sol incrível. Já tinha tirado várias fotos no porto e estava assim, como eu posso dizer, quase satisfeita com o produto do meu trabalho.

Na volta pra acomodação, calhou de eu topar com uma espécie de mirante, no alto de uma montanha, de onde dava pra ver uma paisagem fantástica, com o sol se pondo e tudo. Como tinham vários carros parados lá, parei também.

Eu acho que tinha que parar. Como que não para com uma paisagem dessas?

Na hora de sair do carro eu, que tenho 1,54m de altura e uso o banco bem pertinho do volante pra alcançar os pedais, acabei tocando na buzina sem querer. Daí o carro do lado do meu buzinou de volta, de zoeira. Tava cheio de gente nesse carro.

Desci, dei uma volta pelo lugar… Senti uma hostilidade, mas não me abalei. Continuei andando pra achar um ângulo melhor e tal. Na hora não me toquei, mas ninguém se deu ao trabalho de sair do carro, mesmo não estando frio nem nada.

Eu podia ter ficado sem essa foto e ido embora mais rápido... talvez

Tirei minhas fotos, pá, voltei pro carro e dirigi de volta pra acomodação. Nada muito emocionante. Quando cheguei e contei pro namorado, ele caiu na gargalhada. “Mas como assim? Que que foi?”

O boy: “Marla, as pessoas estavam no mirante pra fazer sexo. Mirante na Inglaterra é como se fosse motel no Brasil.”

Pausa. Aquela, pra cair a ficha. Buzinadinha, carros cheios, ninguém fora dos carros. Boto fé que uma galera achou que eu tava lá em busca de alguém pra uma rapidinha.

Mas é isso, viu, galera? Fica a dica. Viu um mirante na Inglaterra, só pare se for pra dar uma gozadinha. Nada de tirar foto, porque a galera pode ficar incomodada. E, no mais, fique contente com as fotos que você tirou no porto. Tá bom, já. Pode ir pra casa. Bêj.

29 junho 2017

Hiking: apitou, começou!

É trilha no meio do mato literalmente

Há tempos fui picada pelo bichinho do hiking. Culpo pessoas específicas: Helô Righetto, que faz trilhas lindas no Reino Unido, e a máfia de Seattle (usuários do Snapchat: @adriradu, @fkoetz, @camilapicolli), que fica passando vontade na gente por  meio do Snapchat com aquelas paisagens de cair o queixo no estado de Washington (EUA). Enfim, tudo o que eu sabia é que assim que eu pusesse os pés na Inglaterra, eu a exploraria à pé.

Às vezes tem trilha marcada, às vezes é só o mato puro e simples

Comprei bota de caminhada, calça à prova d'água, meias de lã com liners que não fossem de algodão (viu, Adri, eu presto atenção nas dicas!) e falei "tô pronta". Hiking é muito comum aqui na Inglaterra, sempre tem gente com botas de caminhada por aí, fazendo um passeio longo e terminando em um pub. Por essa razão, se aventurar pelas trilhas não é exatamente um bicho-de-sete-cabeças.

Siga a seta!

Descobri um site chamado iWalk Cornwall e uso o aplicativo deles pra explorar essas paisagens loucas que tem por aqui. É praia, misturado com fazendas de gado e ovelhas, misturado com lagos e lama e porteira, e stiles (a versão de mata-burro deles) e kissing gates (uma porteira que só passa gente). Eu me sinto a própria Lizzy Bennet, andando lindamente por aí com seus 6 inches of mud.



O site do iWalk Cornwall é muito funcional, a maioria das caminhadas são circulares e você pode escolher por região ou por tipo (com pub, com sombra, na costa, na beira do rio... enfim). O único porém é que pra obter a caminhada no aplicativo, você precisa comprá-la por $1,99. Ainda assim, acho super válido porque consigo fazer a trilha sozinha, usando o GPS do telefone mesmo quando não tem sinal, ou seja, nunca me sinto perdida (atenção: leve baterias extras).

Dá pra levar o cachorro pra passear na coleira

Minha maior felicidade foi descobrir que uma das trilhas começa aqui na porta de casa, então sempre que estou meio entediada só calço as botas e saio pra caminhar. Outra vantagem do aplicativo, na minha opinião, é saber a história local, curiosidades sobre a vila e suas construções e ainda sobre as coisas incríveis que já aconteceram na região.

E você pode terminar a trilha com uma paisagem dessas

Além dessa, já explorei uma trilha na costa, em Mawgan Porth, e outra totalmente rural, na região de Withiel. Essa aqui perto de casa já fiz umas 3 vezes. Todas elas são diferentes, embora haja alguns pontos em comum. Sortuda que sou, não peguei chuva em nenhuma das vezes em que saí por aí. Em breve, quero fazer posts específicos de cada caminho, pois consegui fazer umas fotos muito legais, que mostram como a paisagem de Cornwall é rica. Não sei o porquê desse lugar só ser famoso entre os ingleses. Turistas precisam vir aqui. É lindimais.

Conhece Cornwall? Tem dicas? Deixa aí nos comentários!

21 junho 2017

Curtinhas: olá, Cornwall!

Newquay sendo incrível num fim de tarde

Vim parar na Inglaterra de novo.

Dessa vez, no interior do País, em Cornwall - estado conhecido pelas paisagens deslumbrantes, pelas praias incríveis e pelas pessoas mais calorosas da ilha. Confirmo todos os estereótipos.

Dá-lhe praia!

Adaptação tem sido a palavra-chave pra essa temporada, que se encerra em agosto. Morar em Londres não tem muito a ver com morar em qualquer outro lugar da Inglaterra. Londres é muito surreal. O interior me parece mais real, mais palpável, mais confortável.

O interior da Inglaterra é muito charmoso

Tive que aprender a dirigir do lado errado da pista, o que exige um bocado de concentração. Mas agora, 40 dias depois, já consigo ouvir meus podcasts e dirigir, tudo ao mesmo tempo. Sim, isso é uma vitória.

Praia vai virar paisagem de praxe desse blog por um tempo

Estacionar nas cidades é um pesadelo. Ou os estacionamentos são muito caros ou são de tempo limitadíssimo. Estacionar na rua? Oi? De comer ou passar no cabelo? :)

No fim de maio ainda tava indo vestida, mas agora já tá rolando bikini weather

Some-se a isso o fato de ser uma cidade praiana, ou seja: todo o tipo de gente louca e hippie e morando na rua e querendo te vender miçangas. Meu namorado me proibiu de ser educada. Nada de bom dia, nada de responder as pessoas, nada de dar informação. Teimei e me lasquei.

De vez em quando você se depara com céus como esse

O boy estava abastecendo o carro e eu vi uma carteira no chão. Cheguei perto do carro e apontei pra pessoa lá dentro, pra ver se ele não era o dono dela. Daí ele ficou hein? o quê? Como é? Até que por fim ele saiu de dentro do carro, bêbado como uma mula, assim como os outros quatro ocupantes. Fiquei muito puta. E o namorado disse que é um golpe comum: vc abaixa pra pegar a carteira, ele abre a porta na sua cabeça, você cai e ele te rouba. Que delícia é morar na praia. Passei a dar ouvidos ao namorado depois disso.


Vivi por um mês na casa sem internet porque absolutamente tudo nesse País exige um contrato de 12 meses e eu não fico aqui por mais que quatro. Por fim, descobrimos que se a única empresa que provê internet no meu prédio (BT) não for capaz de fornecer a mesma velocidade quando nos mudarmos, eles são obrigados a descontinuar o contrato sem custo. Mas até que a gente descobriu isso foi chão.

Queria esses cavalos fofos pra mim

As casas da Inglaterra são preparadas pro frio, mas definitivamente não são preparadas pro calor. Tá 30 graus na sombra e eu estou suando bicas com minhas duas janelas pequenas abertas sem entrar um sopro de vento. O vento não entra, mas as moscas...  Ah, essas vêm a mil.

Fazer hiking tem me colocado em lugares como esse

Semana passada ativei o alarme de incêndio do apartamento enquanto cozinhava. Meu pé direito tem quase 5 metros de altura, mas a fumaça chegou até lá. Maldito frango e o óleo que espirrou dele no forno, fazendo o diabo da fumaça. Descobri que não tem como desativar à distância e descobri também que isso é mais comum do que se imagina. Corri pra perguntar a uma amiga o que fazer e ela me contou que desativa o dela pra cozinhar porque sempre dispara. Ou seja, esse negócio ainda vai gritar no meu ouvido algumas vezes.

Meus vizinhos têm portais enfeitados como esse

Estou bem ativa por aqui, descobri uma nova paixão chamada hiking. Fazer trilha tem sido algo incrível pra mim nessa fase. Tem um quê de desbravar terras novas, de ver paisagens deslumbrantes, de se sentir poderosa por fazer um caminho difícil e de se sentir independente e segura encontrando o lugar certo. Farei mais posts só sobre isso e com as fotos incríveis que tenho feito.

A que tiver nome mais esquisito é mais interessante

Já tive que usar meu seguro saúde por ter machucado o pescoço e descobri que odeio o NHS, o sistema público de saúde daqui. Mesmo tendo pago o seguro pra usar hospital privado, estou numa área de poucos recursos médicos, o que faz as opções diminuírem. Fui duas vezes ao hospital e nas duas vezes me mandaram tomar paracetamol e voltar pra casa sem um exame sequer. Resultado: paguei uma massoterapeuta e resolvi meu problema.

Um grande dia de felicidade: nós e o aspirador de pó novo

Fui à praia, nadei no mar e tive insolação. Meu namorado e meu sogro surfam, eu tô tomando coragem pra praticar bodyboarding. É que as ondas não são incrivelmente gigantes por aqui, mas são extremamente fortes, te puxam pra dentro do mar. Mesmo nadando eu senti a força da água (e olha que sou acostumada a nadar no mar).

Dica muito importante: compre um aspirador de pó decente e potente. Invista nisso. Vocês não fazem ideia da nojeira que eu tirei desse apartamento quando cheguei.

Mais post aparecerão por aqui. Paciência é a palavra de ordem. :)

Eu li: Garota exemplar


Ah, os livros de terror psicológico... como não amá-los?

O best-seller de Gillian Flynn é um desses que transcendem a narrativa clássica, usando o olhar das personagens principais para contar a mesma história. O pulo do gato é perceber como uma mesma história pode ter versões tão diferentes. Acontece assim na vida real, acontece assim no livro de Flynn.

A história baseia-se no desaparecimento de Amy Dunne em condições que indicam violência. O principal suspeito, claro, é seu marido, Nick Dunne. Será que foi ele? Outra pessoa? Quem mais poderia querer machucar a linda e inteligente Amy? Difícil saber.

A narrativa fica por conta de Nick, nos dias atuais, a partir do dia em que Amy sumiu, e de Amy, tanto no passado, por meio de seu diário, quanto do presente. É legal isso aí, mas ó, pra mim que não consigo me ater às datas, sempre fico um pouco perdida no comecinho. Depois consigo entender bem se o fato é do passado ou do presente, então não acho que seja um problema.



Quanto à construção psicológica das personagens, não posso reclamar. O livro te faz trocar de opinião, igual a quem troca de roupa. Numa hora você quer abraçar a pobre Amy, depois quer mais que ela se jogue do penhasco, em seguida fica amiga de Nick e deseja sua morte. Tudo assim, tudo ao mesmo tempo agora.

O maior elogio ao livro é que ele não deixa a peteca cair. É bom e instigante do começo ao fim, coisa que não tenho encontrado em muitas histórias. Acho que a maior decepção dos últimos tempos foi Quarto. É preciso abrir um paralelo entre Garota exemplar e A garota no trem: a narrativa segue o mesmo padrão. Pesquisei e vi que o livro de Flynn é três anos mais velho, então darei a Paula Hawkins o título de copiona do ano.

A história de Amy e Nick não termina no final. O que é engraçado é que você fica torcendo pra chegar no final e esperar uma justiça divina, um fechamento pra essa doideira de livro. Não acontece. O que acontece me deixou indignada. Terminei de ler e fiquei pasma, procurando folha depois da contra-capa. O mundo está todo errado - e aparentemente não há solução. Fiquei remoendo o livro por dias. Isso quer dizer que o livro é bem bom!



O filme

Tem Ben Affleck. Não dá pra levar a sério. Fim.

Tá, vou tentar dar uma desculpa mais convincente. Como todo best-seller que se preze, a história foi parar em filme, que tem Ben Affleck no papel de Nick Dunne, ou seja, não dá pra ter pena dele, só raiva mesmo. O tempo todo. Ô, atorzinho pra não me causar simpatia.

Como todo livro especial, colocá-lo em película cinematográfica não facilita a tarefa do roteirista / diretor. O filme fica devendo - e muito! - no detalhamento psicológico de cada um deles, especialmente Amy. Pra fazer a parte final do livro ter sentido, você precisa ter entendido muito bem o papel dos coadjuvantes, algo que mal é falado durante o filme. Ficou corrido, ficou meio sem explicação. Mas se você quiser ver por si, fica aí o trailer:


28 abril 2017

Dating na Inglaterra


***Atenção: esse post contém um bocado de estereótipos e generalizações

Uma coisa que eu amo sobre Londres é que todo mundo tem chance de se dar bem no amor. A cidade tem uma mistura tão louca, tão miscigenada, que fica difícil não encontrar uma tampa personalizada pra sua panela. Mas isso não significa, necessariamente, que essa tarefa seja fácil.

A boa notícia é que ninguém se importa de tentar. De tentar 200x se preciso for. Outra coisa fantástica sobre Londres: ninguém liga se você conheceu seu namorado na internet. Ninguém liga que você esteja usando o Tinder no metrô. Sabe esse olhar de desprezo-puxa-que-solteirona-buscando-namorado-na-internet que rola aqui no Brasil? Na Inglaterra ninguém dá a mínima.

Inclusive, a Inglaterra levou o dating para um outro nível. O First Dates, por exemplo, junta pessoas que nunca se viram em um jantar romântico num restaurante no centro de Londres. E põe isso no ar. Dá cada merda que nem te conto! Tem o clássico Laura, que seca os pêlos da vagina antes de sair pra um encontro. E ainda tem a pobre da Emma, que reencontrou no programa um cara de quem já tinha levado um toco. Só pérolas.

A Laura e o pobre do date dela (que aflição assistir esse episódio, meldels)

Não satisfeitos, eles resolveram que era melhor colocar umas opções no cardápio. Opções de pessoas, no caso. No Dinner Date, que passa na ITV, um cara escolhe entre 5 menus (de comida agora, vai!). Os três menus escolhidos escondem a identidade de mulheres que vão cozinhar pra ele um jantar romântico na casa delas. Daí eles se conhecem, bebem uma birita, comem e batem papo. No final de cada jantar, o cara dá uma nota de 1 a 3 estrelas e ao fim da comilança nas 3 casas, ele escolhe uma das mulheres para um segundo jantar, dessa vez num restaurante. É isso mesmo. O prêmio para a escolhida é um segundo jantar e, caso não seja escolhida, ganha um menu congelado. Ryzos. Só mesmo na Inglaterra pra um negócio desse fazer sucesso.

Ah, também tem de mulher que escolhe homens. E de gays. Adoro os de viado. Pena que sejam poucos. (Spoiler: já teve brasileiro passando vergonha na gente em rede internacional). Aqui o Buzzfeed listou 19 coisas que sempre rolam no programa e em outro post colocou 33 fatos que você precisa saber sobre Dinner Date. A fama de um programa de TV é proporcional à quantidade de vezes em que ele aparece no Buzzfeed.

Esse amigo aí pode, quem sabe, ter colocado fogo na casa tentando impressionar a mina

Sou viciada, me deixem. De tanto assistir essa bobagem, comecei a analisar a galera e por fim já acerto sempre quem a pessoa vai escolher pro segundo date. As pessoas, elas são muito previsíveis.

Dentre as coisas que eu percebi, a mais gritante é que a galera curte se miscigenar. Britânicos normalmente escolhem uma mina de outra nacionalidade (e o inverso também vale). Eu acredito que tenha a ver com o stiff upper lip dos súditos da rainha. Britânicos não curtem muito falar sobre seus sentimentos e tal (acho que tem a ver com a guerra - esse Keep Calm and Carry On afetou pra sempre os ingleses), então quando tem um estrangeiro que se abre, que fala de suas angústias, medos e vontades, nossa, a coisa flui!

Gente feia também tem vez. É cada casal impossível no Dinner Date que você quase questiona seu grau de miopia. Sabe quando aparece aquele cara e você pensa "sem chance que ele vai se dar bem hoje"? Pois é. Não funciona assim na Inglaterra. Vocês precisam entender: tem uma tampa pra toda panela nessa vida, minha gente! Não só a mina curte o cara, como engata num relacionamento sério com ele. Então, nem preciso dizer que há um monte de casais em que um é MUITO mais bonito que o outro. Rola o tempo todo. No meu caso particular, meu britânico vive dizendo que eu sou a mulher mais bonita que ele conhece. hahahaha coitado. Daí vocês tiram de base.

Na maioria das vezes não acaba assim não haha

Outra coisa engraçada é que as britânicas forçam a barra demais. Não sei explicar o porquê, mas todas elas soam meio falsas. Aquela risada falsa, sabe? Teve até um cara que perguntou por que a mina ria falso assim. Me representou! Mas sério. É muita maquiagem, com muito laquê na cabeça, com muito bronzeamento artificial. Não consigo entender, não precisa disso, elas são lindas. E laranjadas. Desculpa, gente, mas cês são. #stopfaketan

Eu usei Tinder um tempão em Londres (e não foi assim que eu conheci o bofe!) e me divertia muito. Fiz um monte de amigos (juro por Deus!), saí com uns caras bacanas, com outros não tão bacanas assim. Mas valeu muito a experiência antropológica. E também o fato de que ninguém julga porque você está usando um app de date. Como eu disse, ninguém liga. O Tinder de Londres é tão louco que já virou post no Buzzfeed e minhas amigas e eu tínhamos um grupo no Whatsapp só pra jogar print das pérolas que rolavam. 

Enfim, se você sente que nunca vai arrumar um bofe ou uma mina nesse Brasilzão de meudeus, minha dica é: vá para a Inglaterra. Se joga. Seja feliz!

25 abril 2017

Eu li: A amiga genial

Detalhe da capa de 'A amiga genial', de Elena Ferrante

O primeiro livro da quadrilogia da escritora italiana Elena Ferrante, A amiga genial, me deixou com muita preguiça. Desde o primeiro capítulo do livro eu me senti engambelada, eu percebi ali mesmo no começo que o objetivo da autora era escrever uma série pra vender vários livros. E isso me deixou bem irritada.

Eu entendo que existem essas narrativas lentas, cheias de pequenos detalhes, com o objetivo de fazer uma construção psicológica das personagens. Entendo também que há quem goste dessas narrativas. Mas, honestamente, elas não são pra mim. Eu gosto de ação. Gosto de ficar desesperada pra saber o que vai acontecer em seguida e esse livro passou bem longe de me causar tal efeito.

Fiquei ligeiramente curiosa com o que pode ser o desfecho do último livro, pois a história começa com o desaparecimento proposital de uma das personagens principais (são duas amigas). Lila Cerullo decide sumir e apagar todos os registros da sua vida, mas sua amiga Lenu resolve que a história é muito boa pra simplesmente desaparecer. E é assim que a narrativa começa. Prometeu (e deve cumprir lá pelo quarto livro), mas não sei se fiquei instigada o suficiente para me jogar na continuação, História do novo sobrenome.


A amiga genial é, sem dúvida, um best-seller e ainda não li nenhuma resenha negativa sobre o livro, então devo ser o ponto fora da curva. Minha vontade era pegar na mão de Lenu e dizer: "miga, deixa Lila sumir, ninguém se importa com essa história".

Tem ainda todo um mistério envolvendo a identidade da autora, que usa pseudônimo para escrever. Algumas pessoas especulam até que seja um autor. Eu chuto que além do anonimato, ela deve estar tentando se proteger de qualquer tipo de retaliação da máfia italiana. Quem é que brinca com os napolitanos, não é mesmo?

E você? O que achou do livro?

19 abril 2017

Tag Wanderlust

Newquay (UK) sendo linda numa tarde de inverno

Visitando o site do Aprendiz de Viajante, me deparei com esse post da Helô sobre a tag Wanderlust. Fiquei curiosa pra saber minhas próprias respostas e daí - por que não? - já enfiei aqui no blog pra virar um post. Ficou com vontade? Faz também e cola o link aqui nos comentários :)

Quando e pra onde ia seu primeiro avião?
Putz, nasci no Rio de Janeiro, mas toda minha família sempre morou em Goiânia, então desde bebê eu fazia essa ponte aérea, não vou saber precisar quando. Pode ser o primeiro voo internacional? Obrigada. Foi em 2006, de Goiânia a Lisboa, com conexão em Madrid (Barajas). Lembro como se fosse hoje. Uma choradeira sem fim pra fazer meu intercâmbio universitário na Universidade de Coimbra. Só amores por essa experiência.

O eterno problema de tentar não voltar pra Londres em todas as férias

Pra onde já foi e gostaria de voltar?
Tá aí o principal problema das minhas férias. Sempre quero voltar a Londres. SEMPRE. Daí tenho que respirar, desapegar e tentar um destino diferente. É sempre a primeira coisa que me vem a cabeça quando penso em viajar. Mas se vou pra Europa, Londres precisa estar enfiada de alguma forma nesse calendário. É meu acordo comigo mesma.

Você está viajando amanhã e dinheiro não é problema, para onde vai?
Vou fazer minha roadtrip pelos Estados Unidos. É a viagem que quero fazer há mais tempo, a que mais desejo desde sempre, mas demanda grana, tempo (e companhia) porque quero viajar de costa leste a oeste, de New York a San Francisco. O roteiro está pronto há anos. Sinto que ela está cada vez mais perto. O boy já curtiu a ideia de essa ser nossa viagem de lua de mel. Todo mundo cruza os dedinhos comigo!

Sou super adepta das roadtrips

Método preferido de viagem: avião, trem ou carro?
Estou acostumada com a estrada, adoro dirigir, amo uma roadtrip, então, né? Carro. Já fiz muitas roadtrips. A que eu fiz pra Minas Gerais, inclusive, tá aqui no blog em fotos e relatos. Fiz poucas viagens de trem (só na Europa) e eram sempre relativamente curtas, mas fico entediada e tensa, de olho nas malas e tal. Avião não é minha preferida - porque odeio voar, porque odeio a burocracia -, mas topo pra longas distâncias. Tomo um Dramin e apesar de não dormir pra valer, só desperto no destino.

Site preferido de viagens?
Hummmm... Não tenho UM preferido, tenho vários, pode ser? Gosto do Aprendiz de Viajante, do Pra ver no mundo, do London, sô!, do Catálogo de Viagens, do Pequenos Monstros (que não é só de viagens, inclusive) e de vários outros que não me ocorrem agora, cujos donos vão brigar comigo via comentários. Sorry.

Fideuá: melhor comida do universo (é tipo uma paella, só que ao invés de arroz, põe macarrão)

Pra onde você viajaria só para comer a comida local?
Voltaria à Catalunha. Melhor comida da vida toda. Sério. Fideuá. Comam. Sejam felizes. Me marquem no Instagram. Tenho pra mim que também ficarei gamada na comida grega. A ver.

Você sabe seu número do passaporte de cabeça?
Podicrê!

Você prefere assento do meio, corredor ou janela?
Janela. E perto da asa. Já comentei que tenho medo de voar, né? Então, descobri que a asa é a parte mais estável do avião, onde você sente menos os bumps da turbulência. E só levanto pra ir ao banheiro se eu estiver nas últimas. Já passei vários voos de 12h sem me levantar. Sim. Então fico na janela e é sucesso, porque não atrapalho ninguém e, teoricamente, ninguém me atrapalha.

Pra ir pra qualquer lugar da Catalunha, basta me chamar (essa é de Girona)

Como você passa o tempo quando está no avião?
Grogue. Tenho medo e tomo remédio pra tentar dormir. Não funciona, mas fico menos angustiada. Normalmente começo a assistir os filmes e pego no sono. Fico cochilando o voo todo. Só acordo pra comer e pra reclamar que tá demorando demais a chegar. Se for um voo curto, normalmente o Kindle já me é suficiente.

Existe algum lugar para onde você nunca mais voltaria?
Apesar de ser carioca, sempre prometo nunca mais voltar ao Rio. E volto. E passo perrengues. Mas vez ou outra sou feliz por lá, mesmo sem ir à praia.
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