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Caminho pra Angra dos Reis, na BR-101 |
Essa foi a
viagem das
tretas. Mesmo se tratando de Rio de Janeiro, essa cidade que me odeia e cuja recíproca é verdadeira, eu não esperava tanta treta junta em menos de 5 dias. Primeiramente, minha amiga ia comigo, pegou dengue e não conseguia nem levantar da cama, imagine bater perna. Daí que a viagem que era pra acompanhá-la na sua primeira visita à ~cidade maravilhosa~ virou uma outra dessas viagens desacompanhadas.
Escolhi então
conhecer umas coisas novas.
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Porto de Angra dos Reis |
Aluguei um carro da Avis pra me mandar pra Angra dos Reis. Foi tudo tranquilo e eu paguei um precinho camarada no site (comprei no
alugueldecarro.com.br). Custou R$338 pra 4 diárias de um Novo Uno. Meu problema em ser mão de vaca é que eu não achei que fosse impossível dirigir um carro sem direção hidráulica depois que você passa a ter um que tem. Dica: gaste aí uns 20 contos a mais e inclua direção hidráulica no pacote. Nem ar condicionado é tão importante.
O moço da Avis me ensinou a pegar a Avenida Brasil e seguir nela tooooooooda vida pra chegar em Angra, o que foi fácil. Parei no Centro de Atendimento ao Turista (CAT), peguei um mapa, perguntei as melhores praias, descobri como chegar no meu hostel. Belê. Fui pro porto, almocei, bati fotos, dei uma enrolada olhando o mar.
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Revoada de gaivotas |
Lá pelo meio da tarde, resolvi ir pro hostel pra trocar de roupa, colocar um biquini, ser feliz, essas coisas. Problema número 1: meu carro caiu no buraco na porta do hostel. Mas Marla, sua barbeira, como que é isso? Não, não sou barbeira. O negócio é que o lugar que vc tem pra colocar o carro afunila. A parte que eu vi era estreita, mas depois o buraco era gigante. Resultado: o carro ficou com a roda dentro do buraco, tapando metade da rua de mão única.
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Pois é, eu consegui |
Coisa lógica a se fazer: pedir ajuda de alguém do hostel. Toco a campainha. Chamo. Grito. Quase arrombo o portão e... NADA! Nesse meio tempo, uma alma de bom coração e que vai diretinho pro céu parou sua moto pra me ajudar. Ele sozinho não conseguiu erguer o carro e foi buscar mais homens pro serviço. Por fim, 6 homens bêbados do boteco da rua vieram levantar o carro e o problema se resolveu. Levou uma meia hora nesse trança, gente passando, trânsito impedido, confusão e... nada de aparecer alguém do hostel.
Com o problema nº 1 resolvido, parti para o de número 2. Liguei pro Booking e avisei que não tinha ninguém pra abrir a porta do hostel. A moça pediu pra eu esperar na linha e logo em seguida conseguiu alguém pra fazer a gentileza óbvia. Eis que me aparece uma menina com cara de sonsa. "Esse carro que caiu aí é seu?". A pessoa ouviu a confusão da história do carro, mas não me ouviu gritando pra alguém abrir a maldita porta. Olha...
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Praia Grande, em Angra dos Reis |
Quando entrei no hostel foi quase tão caótico como quando eu estava de fora. As camas têm um colchão com uns 2cm de espessura e eu senti cada uma das grades de madeira quando me deitei. Eu sei que eram uns 4 quartos pra um único banheiro. Não, não é um banheiro coletivo. É um banheiro, ponto. Um chuveiro. Uma pia. Um vaso sanitário. Isso que eu já tinha ignorado os comentários dos outros hóspedes no Booking dizendo que o hostel ficava numa área meio esquisita, com esgoto passando por baixo da casa. Avaliem. A dona do hostel é bem bacana, mas o que ela montou tá longe, mas tá bem longe de ser um hostel. Dica: confie nas avaliações do booking.
À noite não fiz nada de demais, parti pro porto pra tomar uma cerveja, conheci uns gringos, proseamos um pouco e me mandei de volta pro hostel pra descansar. Coisa que eu teria feito se fosse possível. Eu não sou fresca, mas não foi possível. Coloquei o colchão no chão pra vocês terem uma ideia. A única coisa boa do quarto é que só tinha eu e minha tosse.
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