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21 julho 2014

Rio, eu não gosto de você

Pedrinhas de Paraty

Parte 1: Chegada a Angra dos Reis


Só encontrei a Erika em Paraty umas 8 da noite. Ficamos num hotel na beira do mar e que era bem tranquilinho, longe da bagunça. No fim de semana tava rolando um festival de Jazz e putz, foi incrível! O domingo amanheceu com um solzinho e achamos por bem arriscar. Fomos até as praias de Trindade, também conhecidas por serem deliciosas. Só que assim que a gente chegou, o sol foi embora e pegamos praia com tempo nublado - quem nunca? Fizemos uma trilha leve (leve mesmo) e chegamos na praia do Cachadaço, de ondas fortes. Com o mar de ressaca, então, tava até meio perigoso. Mas foi legal mesmo assim.

Praia na chuva, porque sim

Já no finzinho da tarde voltamos pra Paraty e nos deixamos perder por entre as ruas da cidade, até que encontramos um grupo tocando uma música muito boa. Era um dos shows do Festival de Jazz e ficamos por ali. Comemos em algum lugar perto do centro e voltamos pro hotel descansar, pois no dia seguinte seguiríamos cedo pro Rio.

Trindade - RJ, linda mesmo com chuva

Como eu tinha que devolver o carro até as 11h30, saímos 5 da manhã do hotel pra eu não precisar me descabelar. O trajeto tem cerca de 4 horas. E assim foi, atravessamos toda a Avenida Brasil e às 9 e pouco já estávamos na cidade. Eu mal sabia que meus problemas estavam só começando.

Por causa da Copa, a cidade estava toda em obras e muitas das ruas, obstruídas. O Google Maps mandava a gente pra lugares onde não era possível passar; as pessoas não sabiam dar informações; não havia placas informando dos desvios. Cara, eu só tinha que voltar pro Santos Dumont, que é no Centro. Mas não, eu não consegui.

Barquinhos em Paraty

Depois de ir e vir duzentas vezes, decidi que eu iria pagar algum taxista pra nos guiar até o aeroporto. Ideia sussa, né? Né não. Os três primeiros que abordamos simplesmente não quiseram fazer a corrida (a Erika iria dentro do táxi!). E no centro não tem lugar pra parar, muito menos pra estacionar. A essa altura, mais de meio-dia, eu já estava ficando louca. Tudo o que eu queria era largar o carro em plena avenida e ir embora andando.

Com muito custo, conseguimos convencer um taxista. É o fim dos seus problemas? Não, porque o cara resolveu ir pela faixa exclusiva de táxi e ônibus e que eu, lindamente, não poderia usar. Mas ele se tocou? Não, claro. E furou todos os sinais amarelos MESMO SABENDO QUE EU ESTAVA LHE SEGUINDO. Olha, desculpa, gente. Mas tem coisas que parecem tão óbvias pra mim. Por quê????????

Pois bem. Pagamos lá vintão pro taxista e fui entregar o carro. Daí o moço me avisa que o tanque não tava completo e que tinha um posto contornando o quarteirão, que era melhor eu encher lá porque na locadora o litro era quase 6 reais(!!!). Pois é. Eu, já quase chorando, falei quero nada nessa vida, faça o que quiser desse carro, ponha fogo, jogue do precipício, eu não ligo.

Erika curtindo um docinho na Colombo

Mas aí ele me chamou à razão e eu resolvi ir lá encher o diabo desse tanque. Só que tem uma super tesourinha (oi, Brasília) na entrada do aeroporto, eu me embananei e não entrei na rua certa, ficando completamente em desespero por uns 3 minutos. Milagrosamente eu consegui voltar pra rua certa e devolver o carro, já aos prantos nessa hora - pô, mantive a sanidade por muitas horas. E foi assim, com a cara inchada e molhada que entreguei o carro, xingando porque além de tudo, a entrega do carro já estava duas horas atrasada e eles me cobrariam uma nova diária.

O moço lindo, maravilhoso, querido e santo colocou que eu tinha entregado na hora prevista. Muitos coraçõezinhos com as mãos pra este senhor, gente. Olha, meu nível de estresse era tão gigante, que eu estava disposta a voltar pra casa imediatamente. Fui até o guichê da Azul, mas a moça me avisou que se eu quisesse adiantar a minha ida, teria que comprar uma nova passagem, pois a minha não autorizava mudanças. Como eu sou mais pão-dura do que estressada, resolvi encarar esse último dia e meio no Rio. Foi uma boa ideia. 

De dentro do Theatro Municipal

Daí em seguida deu tudo certo. Peguei o ônibus que vai pra zona sul, desci no Leblon e encontrei minha couchsurfer, uma querida. Depois que me desfiz da mala, fui encotrar a Erika na Colombo, porque tradição é tradição. Acho uma pena que eu agora vá mais ao lugar por causa do ambiente e menos por causa da comida. À noite encontrei uma inglesa que eu tinha conhecido em Angra. Ela acabou chamando mais 3 meninas que estavam no hostel dela e foi ótimo, bem internacional. Inclusive, foi lá que a argentina me contou que eles pagam 35% de IOF. Pois é, gente. Mas eu continuo achando esses brasileiros 6,38% um assalto à mão armada. Enfim, nós fomos pra um pub que chama Lord Jim, no Leblon mesmo, e adoramos. Tem um clima assim... irlandês. Na hora eu disse inglês, mas o dono me corrigiu, dizendo que o pub é irlandês. Tá bom, tá bom. 

Uma das salas do Theatro Municipal

No dia seguinte, Erika e eu fomos até o Teatro Municipal para uma visita guiada. Foi fantástico, da última vez que fui ao Rio o lugar estava em reformas, então acabou não rolando antes. Dali seguimos pela Luís de Camões porque queríamos encontrar uns sebos bacanas. Achamos sebos, mas com preços de livraria de shopping, hein? Dali foi um pulinho pra dar uma passada no Centro Cultural dos Correios pra ver uma exposição, almoçar e voltar correndo pra pegar minha mala e não perder o voo. E sim, nunca fui tão feliz na vida ao voltar pra Goiânia. E agora o Rio fica pra daqui uns 4 anos, quando eu posso voltar a sentir saudades.

2 comentários:

  1. Mas eu vou tentar de novo, hein?....rs. A viagem para Paraty foi tipo mágica!!! Apesar do solzinho não ter dado as caras, aquele festival de jazz estava tudo. E sei q vc não concorda, mas aquela banda que fez todo mundo cantar na rua foi arrepiante! E a visita à praia de Trindade também foi ótima, embora eu ache que a trilha foi difícil sim...rs. Agora, a volta ao Rio foi realmente surreal. Entendi totalmente seu nervosismo....rs....Beijos!!!

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    Respostas
    1. Hahahaha ebaaaa! Conseguiu!
      Achei a banda da rua super legal! Mas não mais legal que o show de encerramento... rs Menina, se vc achou a trilha de Trindade difícil, vc nem pense em fazer a trilha de Ilha Grande. hahahaha Cara, a volta pro Rio tinha tudo pra dar certo. Deu errado foi só de zica mesmo. Mas viagem boa é viagem que tem história pra contar, né não? Sua companhia nesses dias foi ótima! Tomara que a gente faça a parceria de novo e logo!
      Bjokas!

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