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23 setembro 2014

Curtinhas [2]

Minha casa fica no bairro de Leyton, no leste londrino, lugar recuperado pelas Olimpíadas de 2012

Enquanto não arrumo coragem pra fazer o post sobre minha última visita a Bath, vai aí outro post de Curtinhas. Vocês gostam? Se sim, siga. Se não, passa amanhã! :)

Já falei que a casa onde estou ficando é de uma família paquistanesa, né? Pois é, todo britânico elogia meu inglês, mas eles não entendem uma palavra do que eu digo. Então empatou, porque eu custo a entender o que eles falam. A língua deles é o urdu e parece que tudo que eles falam em inglês soa como urrdu urrrdu urdu urrdu (com o R sendo pronunciado igual ao que os portugueses fazem).

Quando eles falam entre si, nunca sei se é em urdu ou em inglês. Já saquei que às vezes eles misturam os dois. E tem também duas crianças, uma de 5 e outra de 8, que o que falam é praticamente incompreensível. Tudo o que entendo é "mamaaaaa, mamAAAaa", que é algo repetido cerca de 384 vezes por dia. (minha sanidade AINDA está em dia, obrigada)


Tem ônibus na avenida principal e metrô logo ali na frente, é o mutirão do Iris fazendo mais por você! (Goianos entenderão)

A dona da casa não fazia a menor ideia de que no Brasil se falava português. Quando ela me pegou lendo um documento em português ficou toda abismada. Ficou impressionada em saber que Portugal havia colonizado alguém na vida, porque né? Até eu ficaria. ryzos, ryzos. Mas aí empatou de novo, porque sei absolutamente nada sobre o Paquistão. Desconfio, inclusive, que posso não saber apontar onde fica o diabo do país no mapa.

Essa tal família mora no subsolo e em parte do térreo (dividimos a cozinha). Eu e mais duas meninas, que desconfio serem portuguesa e australiana, moramos no 1º andar, em quartos separados. Tudo o queconsegui arrancar delas foi um "Good morning, how are you doing?". Hoje mesmo estava eu tomando café da manhã na cozinha, quando uma delas chegou (não, não sei quem é quem porque né? nunca me deram chance de me apresentar etc) pra pegar algo na geladeira e tentou se manter incógnita BEM NA MINHA FRENTE. Cumprimentei, claro, desejei um bom dia etc. Mas gente, que povo esquisito! E eu aqui, toda alegrinha, achando que a gente ia assar um pão australiano juntas e depois cozinhar um vacalhau com binho, ora pois. Sei de nada, inocente!


Sou xonadinha nesses telhados iguais aos do filme da Mary Poppins

Falar em gente esquisita, antes de me arranjar aqui em Leyton, tinha ido ver uma casa em Surrey Quays. Bati à porta e me aparece um italiano (sim, eu sempre sei quando são italianos porque... bem, eles são lindos). Me apresento, digo que vim ver o quarto pra alugar. Ele fica me olhando com cara de pasmo, tenta esboçar alguma coisa, mas faz sinal com as mãos pra eu esperar. Ele grita algo em italiano lá dentro e logo vem a agente, também italiana, me receber. E eu rindo, porque não sou obrigada. Daí papo vai, papo vem, caímos no "ah, você é brasileira, eu sou italiana e blá blá blá". Daí não resisti e perguntei por que diabos os italianos não conseguem falar em inglês por nada nesse mundo.

Depois de ela me dizer que levou 3 anos pra aprender (TRÊS ANOS!!) a falar como ela falava agora, revelou: "você já viu um italiano andando sozinho?". Balanço a cabeça negativamente. "Pois é", me disse ela. "Eles andam em bandos, nunca praticam inglês, estão sempre falando em italiano e não aprendem mesmo". Daí pensei no equivalente em brasileiros e fiquei muito, muito feliz de ter fugido de brasileiros na escola no ano passado. Este ano manterei a mesma postura, porque é receita de sucesso.


Gents, Leyton tem até seu próprio parque. Top demais! ryzos

Fugindo um pouco das nacionalidades. Dia desses fui pagar uma coisa qualquer com moedas e a moça pediu pra checar o valor. Fiquei assim, olhando pra cara dela como quem diz "mas o que foi nesse inglês que eu não entendi?". Depois fui pagar outra coisa em outro lugar e a atendente fez o mesmo, pediu pra contar as moedas que eu havia entregado. Gentemmmmmmm, eles acham falta de educação não confiar no valor que você entregou pra eles. Agora, pra evitar o constrangimento deles, eu entrego as moedas e digo "você pode checar, por favor?". E essa sou eu, facilitando a vida dos britânicos. Sou ou não sou uma fofa? rs

Última moda em Londres é passar sombra na parte de baixo dos olhos. Isso mesmo, mas não é degradée, esfumaçado, nada disso. É tipo passa amarelo embaixo e azul em cima. Olha, espero muito que essa moda não seja exportada pro Brasil, porque santo deus de misericórdia, é feio demais!

19 setembro 2014

Primeiras impressões



Esta não é minha primeira vez em Londres, mas algumas coisas podem ter passado batido na minha última visita. Desta vez estou me policiando para anotar as coisas que vejo, assim não esqueço tão facilmente. A primeira delas, claro, tinha que ser em relação à ~frieza~ dos ingleses. Sempre achei isso uma balela, mas acabei vivendo uma situação que explica bem porque não concordo com nada disso.

Comprei minha saladinha no Prêt-a-Manger e não tinha lugar pra sentar. Pedi pra sentar na mesa onde estava uma senhora, que muito educadamente consentiu. Como ela puxou papo? Sim, falando do lindo dia ensolarado que estávamos vivenciando (sim, ingleses só sabem puxar papo falando do tempo). Conversa vai, conversa vem, ela me contou de alguns lugares que já tinha conhecido (alguns na América do Sul) e perguntou o que eu estava fazendo. Ao saber que estava à procura de um quarto para alugar, ela pensou um pouco, lembrou de uma amiga, pediu meu telefone e anotou o dela em um papel.

Disse que falaria com a amiga pra ver se ela ainda tinha um quarto disponível e deixou bem claro que ME ligaria à noite se houvesse resposta afirmativa. Nada de "me liga, vamos marcar um café". Nada de "me liga se precisar de alguma coisa". Pra brasileiro, isso é um tapa na cara. Pra mim, é ótimo. Gosto desse negócio de conhecer alguém, aproveitar aquele momento e fim. Essa coisa de cultivar amizade dá muito trabalho. Vivamos o momento e chega dessa necessidade de colecionar amigos no Facebook e Whatsapp. (by the way, não, ela não me ligou)


Um dia de sol em Londres

Mais tarde, depois de sair da 5ª visita inútil na campanha "Minha casa, minha vida - UK Version", sento na calçada pra conferir o endereço da próxima visita. Um garotinho perto dos seus 6 anos passa por mim, olha e volta, me dando um belo de um "hi, how are you?". Minha vontade: esmagá-lo num abraço fofucho. Minha reação: "hiiii! fine, and you?". FINE! BYE! Porque é assim que crianças são. E vocês aí, falando que ingleses são frios e nada amáveis. Shame on you.

Outra coisa que sempre fico devendo são fotos dos diferentes estilos londrinos. Queria eu poder tirar uma foto de cada cabelo foda que vejo por aqui. As negras arrebentam nesse negócio de ser original. Putz, como elas são lindas e estilosas! Mas como elas são (também) meio bravas, acho melhor não me arriscar a tirar uma foto sem permissão e levar uns tabefes. 


Galera lagarteando no jardim da Westminster Abbey

Aqui também tem muitos, muuuuuuuuitos muçulmanos (o bairro que moro agora, em Leyton, é um deles), chega a ser impressionante. Por todo lugar que você passa tem comida halal (contrário de haram - alô, galera que assistiu a Jade na Globo!), que nada mais é que uma comida sem indícios de carne de porco (comê-la é pecado para os muçulmanos - mas gente, como é que comer bacon pode ser pecado????). Inclusive, tive que comprar panelas e louças pra poder cozinhar na casa que aluguei, que é de uma família paquistanesa muçulmana. Sim, eu preferiria morar na casa de uma típica família inglesa, mas hoje em dia ISSO é uma família tipicamente inglesa. Engraçado, né?

Outra coisa engraçada também é que como a mistura de culturas aqui em Londres é gigantesca, eu nunca sei se meu inglês é que está muito ruim ou se eles apenas estão falando outra língua mesmo. Sim, acontece todo dia. Seja no metrô, no ônibus, ou na rua mesmo, o que mais se ouve é o NÃO-inglês. Olha, já tentei decifrar algumas coisas, mas só reconheço as línguas latinas, sendo que o que mais ouço vêm do leste europeu, logo...

17 setembro 2014

Curtinhas

Estação de South Kensington

Você sabe que não tem inglês no hostel em que está hospedado quando: precisa subir 4 andares de escada com uma mala de 25kg e ninguém se oferece pra ajudar.

Em compensação, eu mal tinha saído do trem quando um rapaz se ofereceu pra levar minha mala escada acima pra sair da estação de Leyton. E não era assanhamento, porque ele estava acompanhado da namorada. Rá!

Compensando para o mal, um motorista se achou no direito de vir andando devagarinho na rua pra mexer comigo, dizendo que estava "elogiando meu batom vermelho". Levou uma bela de uma resposta e uma buzinada do carro de trás.


"Praça" do Royal Albert Hall

Achar quarto para alugar nessa cidade é uma missão para poucos. Os anúncios na internet dão um preço e quando você chega na casa pra olhar, o preço é outro - assim como as condições da casa descritas no anúncio. Diz que é single room, quando é roomshare. Diz que custa 100 libras/mês, quando custa 150. Diz que tem 3 quartos, mas há 10 pessoas morando na casa. Coisa de campeão achar um lugar morável aqui. (Sim, sou campeã!)


Royal Albert Hall, o próprio

Me aventurei na fila de 2 horas para comprar um ingresso pro BBC Proms a 5 libras e consegui. Paguei 5 libras pra ver o concerto de pé, com velhinhos excêntricos tentando causar uma boa impressão numa garota alemã que nada entendia e gente aplaudindo por 7 minutos seguidos a cada ato. Valeu só pra tirar o Royal Albert Hall da minha lista de must-see, mas ó, te dizer que em Goiânia assisto concertos toda terça-feira, de graça e sentadinha, no Teatro Sesi. Bêj!


De dentro do Royal Albert Hall, as galerias onde ficam os mortais

Além disso, como não tinha nenhum aviso em nenhum lugar (sim, eu chequei), resolvi fazer um mini vídeo de parte do concerto. Um velhinho me deu o toque pra desligar a câmera e assim o fiz. Depois, no intervalo, um segurança veio me dizer que eu não podia usar a câmera (que eu já não estava usando). E um outro cara que estava atrás de mim mandou um "she wasn't causing any harm" e fiquei com medo de olhar pra trás e me apaixonar, pois: sou dessas. hahaha

08 setembro 2014

Londres, o retorno. Day #1

As costas do Big Ben tem isso

O voo, como sempre, me trouxe como uma pluma até Londres. Quando depois de 11 horas avistei as primeiras casinhas de Londres, meu coração palpitou, pois é assim que ele funciona. Os telhados pontiagudos me fizeram cantarolar um chim-chimney e, fosse noite, certeza que eu cantaria um step in time. Tá entendendo nada do que tô falando? Aqui, ó.


Telhadinhos pontiagudos!

Passada a primeira emoção do dia, me apeguei à próxima, que foi perceber que Londres abriu um solzão pra me receber, porque ela sabe... Ensolarada, não há cidade no mundo mais bela... E o sol firmou o resto do dia, impressionantemente. E este dia, meu primeiro dia, foi a única vez na vida que senti calor nesta cidade e... não curti muito não. Pode ter sol, dona Londres. Mas dá uma esfriadinha, vai. 




Tudo isso, claro, só consegui ver porque o moço indiano da imigração resolver "quebrar meu galho" (anram, foi mais ou menos assim que ele disse) depois de implicar com absolutamente tudo o que eu disse. Primeiro queria saber como eu ficaria tanto tempo fora do trabalho, depois quanto de dinheiro estava levando, me fez contar as notas pra ele (!!!) e ficou questionando como eu vim ano passado pra estudar se o visto que eu tinha não me dava esse direito. Olha, foi apenas o inferno, nível fiquei nervosa, tremi umas bases lá. Achei que eu fosse visitar uma salinha especial. Vinte minutos depois ele resolveu quebrar meu galho e me deixar entrar. Aff.


Hammersmith

Felizmente a estação Hammersmith tem elevador e eu não precisei morrer carregando a mala. Em compensação, me puseram no 4º andar do hostel que não tem elevador. Olha, já odiei esse hostel com todas as minhas forças. Parece todo bonitinho, mas até agora as tomadas não funcionam, muito menos os lockers. E nem pensar em incomodar alguém do staff, porque elas ficam no pub e vez ou outra fazem ~o favor~ de te atender alguém do hostel. Vou sobreviver. Vou.




Assim que cheguei, fui atrás de loja de telefone, pois dessa vez não fico sem internet no celular nem que a vaca tussa. Comprei um samsung acer com chip da Three por 80 libras e vou sobreviver dessa facada. Internet é apenas maravilhosa e ilimitada. Parece quesempre ligado no wifi de tão rápido. Toma essa na sua cara, operadoras brasileiras. Saindo da Three, almocei uma sopa do dia no Prêt-a-Manger, pois sou uma pessoa óbvia e acho tudo de lá uma delícia. Me julguem.


Porque todos os fish and chips são o melhor do mudno

Fui então bater perna no centro, porque seria muita ofensa a Londres não sair por aí a apreciando depois do sol que ela jogou na minha cara. Lá pelas tantas, quase cozinhando debaixo dessa lua, fui ao Tesco Express comprar uma água que custava 78 cents. Só que eu tinha 74 cents. "Vai querer, moça?". Era isso ou uma nota de 50. E ela ficou lá com 4 centavos a menos numa tranquilidade de deixar qualquer caixa do Walmart / Carrefour / Extra no chinelo. Saudades tb, Tesco.


Trafalgar Square

Te dizer que tô acostumada a andar em Londres, mas igual ao que fiz hoje, tá pra entrar pra história. Fiz um caminho alternativo, passando por trás (e não pela frente) das grandes atrações - coisa que eu nunca sequer pensei em fazer... Foi ótimo! Mas fiquei acabada, destroçada, detonada, etc. Como ponto de chegada defini encarar a subida até a Russell Square e matar a saudade dos tempos de St. Giles. Com tanto cansaço, deitei na grama, como outras 200 pessoas que lá estavam e peguei no sono bonito. Sorte que quando acordei, meu travesseiro (vulgo mochila com toda minha vida) ainda estava lá! Ufa!

Obrigada, China Town!

Really strange...

Bom, agora acabou palhaçada, que eu preciso achar um lugar urgente pra ficar nessa Londres de meu deus. Turismo agora só no fim de semana! Torçam pra eu achar uma casa sem gente louca!

Saudades, Russell Square! Beijos!

07 setembro 2014

A espera

Helluuuuu, London!

Nesse momento, tento digerir o que comprei no Vienna do aeroporto de Guarulhos por 60,00 o quilo. Ainda não sei se o que me faz mal é o preço ou a comida ser ruim mesmo. Em Londres, acabarei por descobrir.

Minha espera aqui não será grande, o que não a torna menos angustiante. Entre o voo que me trouxe de Goiânia e o voo para Londres só há 3 horas. Penso na última semana que tive, sofrida, angustiada, com medo até. Nem parece que é minha segunda vez na cidade e não a primeira. O destino é o mesmo, mas os sentimentos são completamente diferentes.

O que será que me traz tanta agonia? Ainda não sei. Mas não há de ser nada ruim, com certeza. Apenas as aflições de uma pessoa tão ansiosa como eu.

Enquanto a hora não chega, olho o celular. Checo Facebook, Twitter, Instagram. Putz, não publiquei nada no IG. E provavelmente nem vou, já que estou com uma cara daqueeelas. Foto da janela do avião? Nhé... melhor não, né? Só se der pra ver o Thames lá embaixo. Aí rola, né?

Prometo mais postagens do que escrevi na minha última ida a Londres, não só pelos meus parcos leitores, mas mais para mim, que só guardo um pequeno moleskini, apelidado de diário de bordo, da minha primeira aventura em terras inglesas. Algo há de ser diferente. Nem que seja só isso.


04 setembro 2014

5 coisas que quero fazer de novo em Londres

Londres, sua linda!

Com quase tudo pronto pra viagem, tenho pensado nas coisas que eu tive muita saudade e quero voltar a fazer assim que chegar a Londres. As ideias se embaralham na minha cabeça porque quando penso na cidade, tenho um turbilhão de pensamentos - ainda mais agora, que tudo está tão perto. Mas vou tentar organizar escrevendo. Então vamos à listinha!

1. Natural History Museum. É fácil meu museu preferido em Londres. Aliás, é meu museu preferido no mundo todo! Acho que o que o torna tão incrível pra mim é que ele é muito interativo, parece que toda vez que vou, aprendo uma coisa nova. Normalmente é uma coisa que eu nem me toquei que estava lá da última vez que visitei. E tem dinossauros! Ah, eu amo! Tô morrendo de vontade de ir de novo!

De dentro do NHM

2. Tomar chocolate quente com menta do Costa. Noooossa, mas que grandes coisa, dona Marla! Ó, te falar que esse "hot chocolate" deles nada mais é do que leite com chocolate e essência de menta, mas quando você está morrendo de frio e suas mãos estão congelando, a única coisa que consigo pensar é hot chocolate do Costa. Fora que a embalagem de take away deles é a única que não queima minhas mãos. Saudades de gastar todas minhas moedas com vocês, Costa. Prepara um aí pra mim no capricho, que eu tô chegando!

O chocolate quente aí da foto não é do Costa, mas a ideia é a mesma (Annica e eu voltando de Cambridge)

3. Tomar uma pear cider no O'neill's da Leicester Square. E emendar na balada em seguida, pois não sou de ferro e tá tocando música mainstream. Me deixem. O O'neill's é o melhor pub pra estrangeiros que eu fui em Londres. Já vou avisando que tem um ou outro inglês born and raised, então vá com o espírito elevado. Como explicar? Num pub de ingleses você não vai interagir com ninguém. Leve sua companhia e contente-se com ela. No O'neill's é uma festa. Carrego até hoje comigo três amigos que conheci por lá - avalie.

Cider, essa maravilha

4. Fazer nada no parque. Ou comer. Ou ler. Ou dormir. Enfim, londrinos fazem de um tudo no parque, principalmente se tiver sol. Mas já almocei no parque chovendo fininho. Quédizê. Galera curte um parque pra qualquer coisa. Plano para o primeiro dia: comprar um sanduba no Prêt-a-Manger e comê-lo no parque (ou na Russell Square, pra ficar mais nostálgico). Se bem que a salada do Prêt-a-Manger vem com homus... Já tá batendo aquela dúvida...

Galera da escola almoçando na Russell Square num dia de sol

5. Dar um rolé na beira do Thames. Eu ia falar "em frente ao Big Ben", mas aí me lembrei que meu passeio beira-rio preferido é mesmo nos arredores da Tower Bridge e da Tower of London. A Tower Bridge, na minha humilde opinião é a coisa mais bonita da cidade. Sim, mais legal que o Big Ben. Mais legal que a London Eye. Sou tão a louca da Tower Bridge que vez ou outra acompanho os horários de abertura e fechamento só pra ver online o movimento de subida e descida das partes. Não, gente, não sou normal. Mas a essa altura achei que vocês já tivessem se acostumado! :)

E você? O que mais quer fazer quando estiver em Londres?

01 setembro 2014

Wicked e Thriller Live, os musicais que vi em Londres


West End. Foto do The Guardian

Na minha visita a Londres em 2013 eu fui a dois musicais. Um deles eu já tinha planejado ver antes de viajar de tanto que a Clara Averbuck falava dele: Wicked. O outro eu fui no meu último dia de Londres e eu estava triste demais. Única coisa certeira de me animar: Michael Jackson (Thriller Live).

Wicked é a história da Bruxa do Oeste, a bruxa má e verde do Mágico de Oz. O enredo baseia-se na amizade dela com Glinda, a bruxa boa e brilhosa do Norte. Não vou contar a história porque né? Que graça teria? Mas olha, é fantástico. E eu adoro esse negócio de desconstruir histórias já conhecidas. Não te admira que eu seja a maior fã de Once Upon a Time, o seriado. Inclusive, adoro a história da Zelena da TV, que nada tem a ver com o musical. hehe

Como a história tem uma pá de referências do livro, acho que só vale a pena se você é familiarizado com o enredo do livro (pode ser a do filme, vai). Talvez algumas coisas não façam sentido ou não sejam tão legais se você não conhecer a história original, que putz, é bem bizarra. E se seu inglês for intermediário já dá pra assistir sem problemas.


Poster do espetáculo

Quanto ao ingresso, paguei £28, mas há cadeiras a partir de £15. Se eu tivesse uma segunda chance, talvez teria investido mais numa cadeira no andar de baixo. Fiquei longe e no andar de cima (onde há aluguel de binóculos, avalie), o que me prejudicou um pouco, acredito. Acabei sem ver muito dos detalhes desse espetáculo, que é bem rico em fantasias e cenário. Por falar em ingresso, aqui tem um post do Segredo de Londres que ensina a achar esses ingressos mais baratinhos.

O teatro não fica no West End, como a maioria deles. Ele fica mais perto do Palácio de Buckingham (Victoria é a estação do metrô mais próxima) e como cheguei cedo, aproveitei pra fazer hora no ~pub~ que tem lá dentro, tomando aquela cider maravilhosa. Já disse que amei a história, né? Mas acho que 3 horas de espetáculo é cansativo demais, principalmente pra quem custa a ver episódios de seriados com 45 minutos. Mas esse também foi o único ponto negativo que vi no espetáculo. Vale a pena, sim, mesmo assistindo longe do palco (o aluguel dos binóculos é £1).




Thriller Live. Este sim é no West End, ali do ladinho de Leicester Square e Piccadilly Circus. Já cheguei botando defeito, pois é assim que sei agir quando se trata de qualquer imitação de MJ. Não se trata apenas de um cara imitando o Michael e sim uma sequência de artistas (salvo engano são 4) interpretando suas músicas e danças. Não sei vocês, mas toda vez que assisto coisas assim fico mais louca por MJ porque ninguém consegue de fato imitar o homem. Ele é único.

Outra coisa que achei meio estranho é que as pessoas assistem ao espetáculo sentadinhas e caladas. Gente, tá ali tocando Thriller, Smooth Criminal e Beat It e a galeranem balançando a cabeça. Acho bizarríssimo. Eu toquei o foda-se e cantei e dancei na cadeira mesmo. Mas depois de um tempo sendo fuzilada pelas pessoas ao redor, eu fui me sentar no corredor, onde tinha mais espaço pra eu curtir a parada. :)


Poster

Pra aproveitar mesmo é importante ir de espírito elevado, com o mantra "ok, não é o Michael. ok, não é o Michael". Deu certo pra mim. No site diz que os ingressos são a partir de £66,50, mas acho que tem alguma coisa errada, pois comprei no dia do espetáculo e paguei £31. Lá não faz tanta diferença a cadeira que você compra, pois o teatro é pequeno e sua visão é praticamente a mesma em qualquer lugar.

Nesse musical, as cerca de duas horas de espetáculo passam rapidão. Mas nem pense em encontrar uma suuuuper produção, muito menos cenários estonteantes. O cenário praticamente não muda, pra dizer a verdade. Mas os números musicais são bons. Nem espetaculares, nem razoáveis. Bons. No fim das contas, acho que só vale a pena pra quem gosta mesmo de Michael Jackson.





Alguém aí tem dica de musicais em Londres?
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